Tecnologia

Óculos de realidade virtual da Apple deve custar mais de R$ 15 mil

Preço do gadget é muito distante do ofertado por outras empresas. O Oculus Quest 2, por exemplo, custa 299 dólares nos Estados Unidos

Apple: empresa de Cupertino está desenvolvendo um gadget de realidade virtual (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

Apple: empresa de Cupertino está desenvolvendo um gadget de realidade virtual (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

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Rodrigo Loureiro

Publicado em 4 de fevereiro de 2021 às 16h42.

Não é novidade que a Appleestá trabalhando no desenvolvimento de um dispositivo de realidade virtual. O headset é um desejo antigo da empresa de Cupertino para renovar sua linha de produtos. De acordo com o The Information, a fabricante do iPhone estipula que o acessório deve chegar ao mercado custando algo próximo de 3 mil dólares, mais de 15 mil reais em conversão direta.

O valor é considerado alto até mesmo para o padrão do mercado de tecnologia voltado para itens considerados topo de linha. O iPhone mais caro da Apple (iPhone 12 Pro Max com 512 GB), por exemplo, custa 1.399 dólares. Menos da metade do valor que a companhia pode cobrar pelo headset. Para efeito de comparação, o rival Oculus Quest 2 sai por 299 dólares.

Ainda não há muitas informações sobre os motivos pelos quais a Apple pretende adotar um preço tão alto para o produto. Sabe-se que a companhia está utilizando um material feito com malha de tecido para tentar deixar o aparelho mais leve. A empresa já utiliza este material em outros produtos, como nos relógios Apple Watch e no alto-falante inteligente HomePod.

Por ora, é apenas possível especular como o produto deve ficar com base em imagens e desenhos de protótipos. O produto ainda não tem qualquer previsão de quando chegará ao mercado. As perspectivas mais otimistas apontam para um lançamento somente a partir de 2023.

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Desenho feito pelo The Information com base no que se sabe sobre o gadget de realidade virtual da Apple (The Information/Reprodução)

Mais de doze câmeras devem ser acopladas ao dispositivo, que ainda contará com sensores para o mapeamento de ambientes e que também captam gestos feitos com as mãos. A Apple também deve adotar um display 8K com rastreia a direção em que o usuário está olhando. Mas a resolução não deve ficar ativada durante todo o tempo – já que consome uma grande quantidade de bateria.

Tudo deve funcionar com um chip fabricado pela própria Apple e que deve ser mais potente do que os processadores M1, lançados ainda no ano passado pela divisão Apple Silicon, e que estão sendo utilizados na nova geração de computadores da empresa da maçã.

Ainda não há uma confirmação de preço. O valor de 3 mil dólares, porém, pode se tornar quase proibitivo para a empresa operar em outros mercados, como no Brasil. Por aqui, além da desvalorização do real, que já torna os produtos importados mais caros, os custos tributários encarecem as compras. O iPhone12 Pro Max de 512 GB, que custa 1399 dólares, sai por 13.999 reais por aqui. Em conversão direta o valor seria próximo de 7.600 reais.

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