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Obama tentará impor limites para emissões de carbono das empresas

O governo dos Estados Unidos vai anunciar um plano para impor limites federais para as emissões de carbono das companhias energéticas

Obama (Reuters)

Obama (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2013 às 06h36.

Washington - O governo dos Estados Unidos vai anunciar um plano para impor limites federais para as emissões de carbono das companhias energéticas do país, em uma tentativa do presidente Barack Obama de cumprir sua promessa de tomar medidas contra a mudança climática, informou nesta quinta-feira o jornal "The New York Times".

A diretora da Agência de Proteção Ambiental (EPA, sigla em inglês), Gina McCarthy, vai anunciar amanhã no National Press Club de Washington as novas medidas, que enfrentarão provavelmente a oposição republicana no Congresso, que faz lobby para a indústria do carvão, segundo o jornal.

A proposta limitaria as emissões das novas usinas alimentadas por gás natural a 454 quilos de dióxido de carbono por megawatt-hora, e no caso das novas centrais alimentadas por carvão, a 500 quilos por megawatt-hora, de acordo com o "New York Times", que citou funcionários do governo Obama.

Atualmente, uma usina típica de carvão nos EUA emite cerca de 820 quilos de dióxido de carbono por hora.

"As novas centrais energéticas, tanto de gás natural como alimentadas por carvão, podem minimizar suas emissões de carbono através das novas tecnologias", explicará McCarthy amanhã em seu discurso preparado.

A funcionária anunciará, além disso, uma viagem de um ano de duração em que funcionários se reunirão com moradores, membros da indústria e grupos ambientalistas de todo o país para ouvir suas opiniões.

O objetivo de Obama, segundo o "New York Times", é impor limites às emissões de gases do efeito estufa tanto de usinas já existentes como das novas, antes de deixar o poder em janeiro de 2017.

Em seu discurso de posse para o segundo mandato em janeiro, Obama se comprometeu a enfrentar de forma ambiciosa as mudanças climáticas, apesar de ter reconhecido que o caminho seria "difícil".

"Responderemos à ameaça da mudança climática, sabendo que se não o fizermos, estaremos traindo nossos filhos e às gerações futuras", disse então o líder.

O senador republicano Mitch McConnell, que representa Kentucky, um estado dependente da indústria do carvão, criticou a nova proposta em declarações ao jornal nova-iorquino.

"É um golpe devastador para o nosso estado, e vamos combatê-lo de qualquer forma possível", afirmou.

Não é esperado que as novas regras necessitem passar pela aprovação do Congresso, mas elas deverão ser submetidas a um período de consulta pública, e o governo espera começar a aplicá-las no outono de 2014.

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