Tecnologia

O WhatsApp para empresas vem aí

WhatsApp anuncia os primeiros testes oficiais com sua solução para empresas. Ideia é conectar negócios a consumidores

WhatsApp: solução para empresas começa a ser testada ao redor do mundo (Justin Sullivan/Getty Images)

WhatsApp: solução para empresas começa a ser testada ao redor do mundo (Justin Sullivan/Getty Images)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 5 de setembro de 2017 às 16h07.

Última atualização em 5 de setembro de 2017 às 16h12.

São Paulo – A versão do WhatsApp com foco em empresas e negócios começa a ser testado, informa a empresa. A ideia é permitir que consumidores conversem com estabelecimentos comerciais—sejam eles PMEs locais ou gigantes multinacionais.

Algo bacana é que entre os parceiros iniciais do WhatsApp, está o banco brasileiro Itaú Unibanco.

Em um texto compartilhado em seu blog, o WhatsApp afirma que fará experiências com recursos para empresas. O objetivo final é “facilitar o contato entre pessoas e negócios com os quais elas queiram se comunicar”, afirma o texto do WhatsApp.

Neste primeiro momento, o aplicativo quer fazer uma ponte confiável entre clientes e empresas. "Estamos entusiasmados em tornar possível conectar pessoas à empresas de maneira rápida e pessoal”, afirma o chefe de operações do WhatsApp Matt Idema em comunicado enviado à redação.

Como mercado crítico para o WhatsApp, o Brasil tem um representante de peso na lista inicial dos parceiros de testes, o Itaú Unibanco. O banco será a primeira instituição financeira a participar do projeto.

Em comunicado, o banco afirma que começará permitindo que clientes Personnalité Digital interajam com a instituição. Haverá expansão no uso do recurso para clientes de outras modalidades de forma gradual.

“Estarmos sempre presentes na vida do cliente, na forma e no momento em que ele tiver necessidade, é um ideal que buscamos. O desenvolvimento de uma solução como esta será crucial”, diz Luis Cunha, diretor executivo do Itaú Unibanco, em comunicado.

Monetização

Este deve ser o primeiro passo para que o WhatsApp gere alguma receita. Vale lembrar que ele foi comprado por cerca de US$ 22 bilhões pelo Facebook.

Diferentemente do próprio Facebook e de outros produtos da casa, o WhatsApp não deve buscar dinheiro por meio de anúncios. Em entrevista ao Wall Street Journal, Matt Idema afirma que alguns recursos do app para empresas devem ser pagos no futuro. “Nós pretendemos cobrar de empresas no futuro”, disse.

O executivo explica, porém, que os termos e planos para as cobranças ainda não estão prontos.  Mesmo assim, Idema não descartou uma eventual chegada de anúncios.

Esse início dos testes acontece, além de no Brasil, em países europeus, na Índia e na Indonésia. A companhia aérea holandesa KLM, por exemplo, é outro parceiro nesse momento.

Usuários terão que permitir que sejam contatados pelos perfis de empresas, avisa o WhatsApp. O passo é importante para não afugentar usuários ao se criar uma plataforma de spams.

Confiança

Para que a comunicação entre empresas e clientes funcione bem, o WhatsApp lançou o selo de conta verificada. O princípio é bem parecido ao aplicado em redes sociais: a verificação garante que o perfil pertence à empresa—uma medida importante contra fraudes no app.

As contas verificadas trarão um pequeno selo verde. Testes com contas verificadas já haviam sido detectados ao longo das últimas semanas.

Acompanhe tudo sobre:Air France-KLMAppsFacebookItaúWhatsApp

Mais de Tecnologia

Musk pode comprar o canal MSNBC? Bilionário faz memes sobre possível aquisição

Influencers mirins: crianças vendem cursos em ambiente de pouca vigilância nas redes sociais

10 frases de Steve Jobs para inspirar sua carreira e negócios

Adeus, iPhone de botão? WhatsApp vai parar de funcionar em alguns smartphones; veja lista