Sabba, diretor de comunicação do Uber: "O que a gente vê é uma vontade de banir a tecnologia sem o debate" (Raul Aragao/I Hate Flash)
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2015 às 07h58.
São Paulo - Encerrada a votação que manteve proibido o serviço do aplicativo Uber, o diretor de comunicação da empresa, Fabio Sabba, afirmou que "o Uber continua funcionando em São Paulo", lembrando que o texto ainda vai para a sanção do prefeito Fernando Haddad (PT).
Sabba afirmou ter visto a emenda do prefeito, que prevê análise futura de tecnologias, "com muito bons olhos", uma vez que haveria abertura para o debate.
Sabba não respondeu a todos os questionamentos da reportagem. O executivo aceitou responder a apenas três perguntas, ainda na Câmara Municipal. Um deles foi se o serviço continuaria a operar, mesmo se o projeto for sancionado por Haddad.
"É difícil especular neste momento. Agora, a lei vai para o prefeito, que vai decidir se vai sancionar ou não. De novo, há essa emenda que fala sobre debate e sobre um estudo sobre como os novos meios de transporte podem ajudar a cidade."
Sabba também comentou a falta de apoiadores do projeto nas galerias da Câmara - lotadas de taxistas. "Na verdade, o que a gente vê é uma vontade de banir a tecnologia sem o debate. A sociedade se manifestou por várias vezes. Os usuários, na primeira votação, mandaram mais de 300 mil e-mails para os vereadores."
Parte dos vereadores comentou esses e-mails, alegando que eram todos iguais e teriam sido enviados por "robôs". Sabba saiu sem comentar isso.
A Uber fez duas ações nessa quarta, 9, para se defender da pressão. Durante o dia, ofereceu cortesia de até R$ 50 para passageiros que usassem o aplicativo. Em um prédio perto da Câmara, ainda projetou um vídeo em que simpatizantes do aplicativo defendiam o modelo.