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O que muda com a internet das coisas

Ao conectar objetos à internet, ferramenta promete eliminar tarefas do dia a dia

 (Foto/Shutterstock)

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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2014 às 08h45.

Toda vez que uma pessoa sai para correr no parque com o smartphone no bolso e este gadget registra, em um aplicativo, a velocidade, a distância e o tempo do exercício, o usuário está fazendo uso da internet das coisas. O exemplo é do pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Emerson Cagliari. “Embora essa ferramenta ainda seja vista por algumas pessoas como algo distante do dia a dia, seu uso já é bastante comum”, diz. E deve crescer ainda mais. De acordo com a consultoria Internacional Data Corporation (IDC), 212 bilhões de dispositivos serão conectados até o final de 2020.

O uso de chips em roupas, pulseiras, caixas eletrônicos, carros e eletrodomésticos já é visto como uma realidade que pode transformar, para melhor, o modo como as pessoas cuidam da saúde, gerenciam recursos e fazem transações financeiras. Os primeiros usos de internet em objetos surgiram na área médica. Foi a partir deles que os pacientes passaram a ter acesso a aparelhos como balanças e medidores de pressão arterial capazes de gravar e enviar, para a nuvem, os dados coletados, compartilhando-os com parentes e médicos, por exemplo. “Agora já há aplicações muito mais complexas”, diz Cagliari. Ele se refere, por exemplo, ao mercado automobilístico, que já lança carros conectados capazes de avisar o motorista quando é hora calibrar os pneus, trocar o óleo ou as pastilhas de freio.

De acordo com a consultoria IDC, só este ano, o mercado brasileiro de equipamentos que conectam objetos à web já movimentou 2 bilhões de dólares. A principal missão da internet das coisas é simplificar tarefas do dia a dia. “Conectar equipamentos que conversam entre si e mandam dados para sua nuvem pessoal é um enorme ganho de eficiência”, diz Emerson Kapaz, professor de engenharia eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Na prática, vamos nos livrar de muitas tarefas manuais, como fazer a lista de supermercado ou criar uma planilha para anotar a prática de exercícios”.

A popularização da internet das coisas se tornou possível graças à disseminação da banda larga móvel e da drástica redução de custos dos chips. No passado, eles custavam centenas de dólares; hoje, é possível adquiri-los por menos de 15 reais. Diferente do que acontece nos filmes de ficção científica, no entanto, os objetos não devem ganhar vida própria sem que uma engenharia humana determine as funções e as atividades que cada equipamento conectado deve exercer. O hardware para conectar “coisas” já existe. O potencial de uso dela, no entanto, ainda está aberto para a criatividade humana.

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