Barcelona, Espanha: Visitante usa um smartphone em frente a um painel de luzes da cabine da Xiaomi, no Mobile World Congress (Rafael Marchante/Reuters)
EFE
Publicado em 25 de fevereiro de 2019 às 15h29.
Última atualização em 25 de fevereiro de 2019 às 15h32.
Madri - A tecnologia 5G volta a ser protagonizar a Mobile World Congress (MWC), mas, diferentemente de edições passadas do evento, desta vez as principais empresas do mundo já trouxeram equipamentos capazes de utilizar essa nova rede, que já deve entrar em operação nos Estados Unidos e na Coreia do Sul ainda em 2019.
Mas o que é exatamente o 5G e que avanços ele trará em relação à geração anterior, o 4G? Esses são alguns pontos essenciais para entender o 5G representará para o futuro das redes móveis.
É a rede móvel de quinta geração, entendendo por geração cada um dos períodos vividos pela telefonia celular desde sua invenção. Cada uma delas trouxe avanços tecnológicos próprios. Primeiro, o 1G só permitia ligações entre os telefones. O 2G introduziu os SMS, o 3G colocou a internet nos celulares e o 4G ampliou a velocidade de conexão, permitindo que os smartphones acessassem a banda larga.
São principalmente três. Em primeiro lugar, a nova rede multiplicará a velocidade das comunicações móveis, atingindo picos de até 10 Gbps, mais rápida do que a oferecida atualmente pela fibra óptica. Com isso, é possível baixar um seriado em segundos.
A segunda grande melhoria é a redução da latência, ou seja, o tempo de resposta entre a rede e o dispositivo em questão. Os avanços trazidos pelo 4G diminuíram esse tempo para 30 milissegundos, mas o 5G reduzirá esse valor para uma faixa entre 1 e 5 milissegundos, fazendo que essa resposta seja quase em tempo real.
Esse avanço é chave para novas tecnologias, como carros autônomos e cirurgias feitas de forma remota, por exemplo. "É a diferença entre a vida e a morte", afirmou o responsável de Marketing da Nokia, Fernando Corredor.
Em terceiro lugar, o 5G permitirá um maior número de dispositivos conectados à rede. Segundo o diretor da Accenture Digital para Espanha, Portugal e Israel, José Luis Sancho, esse valor chegará até 1 milhão por quilômetro quadrado ou 100 por metro quadrado. Essa capacidade permitirá que praticamente qualquer objetivo esteja online, essencial para o avanço da "internet das coisas".
Segundo a GSMA, órgão que reúne operadoras móveis de todo o mundo, o 5G já será uma realidade neste ano em 21 mercados, entre eles Estados Unidos, Austrália e China. Outros dois países que já estão bem avançados na instalação da nova rede são Japão e Coreia do Sul, onde o 4G já não atende a quantidade de dados trocada pelos usuários em dispositivos móveis.
Até 2025, 59% do total de linhas móveis da Coreia do Sul terão 5G. As projeções apontam que a taxa será de 48% no Japão, 49% nos EUA e 29% na Europa. Na América Latina e no Caribe, a previsão da GSMA é de 8%.
Segundo a GSMA, espera-se que, só na Europa, as operadoras invistam entre 300 bilhões e 500 bilhões de euros para instalar a estrutura necessária para o funcionamento da rede 5G. EFE