Repórter
Publicado em 6 de agosto de 2024 às 11h28.
Uber anunciou nesta terça-feira, 6, durante sua conferência trimestral de resultados, que a receita anualizada de Uber Advertising superou US$ 1 bilhão. A empresa esperava atingir essa meta somente ao final do ano, mas já está à frente do objetivo. Em 2022, a receita anualizada foi de US$ 650 milhões.
Fundada como um serviço de caronas em 2009, a Uber expandiu para a entrega de alimentos em 2014 com o Uber Eats, e no mais recente movimento de diversificação passou a vender anúncios em ambas as aplicações.
Em junho, a Uber começou a vender os Journey Ads, anúncios exibidos durante as corridas, programaticamente através de parcerias com Google, The Trade Desk e Yahoo. A empresa também firmou um acordo com a telecom americana T-Mobile para vender anúncios em telas digitais dentro dos veículos de carona via JourneyTV, que são reproduzidos em um tablet durante a viagem.
O bom momento do novo segmento da Uber acompanha a previsão é que o gasto global com anúncios de varejo alcance US$ 165,94 bilhões até 2025, segundo a eMarketer. Restaurantes, geralmente, representam anunciantes locais que compram anúncios apenas nos mercados em que operam e entregam. A Uber também está atraindo anunciantes não endêmicos, de setores como serviços financeiros, redes sociais, tecnologia, entretenimento e luxo.
Em um estudo de caso noticiado pelo ADWEEK, a L'Oréal realizou uma campanha publicitária para um novo perfume, direcionando anúncios para passageiros a caminho dos aeroportos Heathrow e Gatwick em Londres. Para incentivar os viajantes a visitarem lojas duty-free, o anúncio oferecia uma amostra gratuita para quem clicasse nele.
A campanha da L'Oréal teve um tempo médio de visualização de 342 segundos, comparado a um benchmark de 90 a 100 segundos; uma taxa de deslizamento de 7,68% contra um benchmark de 2,5% a 3%; e uma taxa de cliques de 4,76% contra um benchmark de 2,5% a 3%, informou a empresa. Nessa peça, a Uber mostrou que tem um negócio de publicidade nas mãos.