Tecnologia

O novo round da briga das big techs: Apple incomoda Facebook e Microsoft

Não é de hoje que as políticas da Apple sobre a App Store criam um certo incomôdo entre desenvolvedores e empresas

Apple: empresa foi acusada de ter monopólio sobre seus aplicativos na App Store (Budrul Chukrut/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

Apple: empresa foi acusada de ter monopólio sobre seus aplicativos na App Store (Budrul Chukrut/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 7 de agosto de 2020 às 09h00.

Não é de hoje que as políticas da Apple acerca de quais aplicativos podem ou não entrar em sua loja, a App Store, criam um certo incomôdo entre desenvolvedores e empresas.

A situação foi até o motivo de uma audiência no congresso americano no último dia 29, quando a companhia liderada por Tim Cook foi acusada de manter um monopólio sobre quais aplicativos ficam ou não disponíveis para os usuários dos dispositivos iOS.

É claro que Cook negou. Mas, nesta sexta-feira, 7, a briga ganhou novos nuances. A Apple anunciou que aplicativos de jogos como o xCloud, da Microsoft, e o Stadia, do Google, violam as políticas de segurança da marca.

Em um comunicado enviado ao site americano Business Insider, a maçã afirmou que "os serviços de jogos podem ser lançados na App Store se seguirem as regras que são aplicadas a todos os desenvolvedores, incluindo submeter os jogos individualmente para revisão".

A Microsoft não gostou muito da notícia e um porta-voz da companhia disse ao site americano The Verge que a Apple está "negando os benefícios da tecnologia aos seus consumidores usando regras injustas na App Store" e a acusa de "tratar os apps de jogos" de forma injusta enquanto permite que outros serviços que existem na plataforma mesmo quando incluem "conteúdos interativos". O que pode ser uma indireta (bem direta) à Netflix, que lançou, no ano passado, um episódio interativo da série Black Mirror.

Com uma dose de ironia, o Facebook disponibilizou a sua plataforma de streaming de games na App Store, mas removeu todos os jogos do aplicativo para conseguir passar pelas regras restritivas da Apple.

Essa não é a primeira (e nem a última) vez que a Apple barra conteúdos semelhantes aos próprios. Apesar de permitir o aplicativo da Amazon, é impossível comprar livros para o Kindle em iPhones, uma vez que a companhia criada por Steve Jobs tem seu próprio serviço de compra de livros, o Apple Books.

É também possível instalar o aplicativo do Google Play Filmes, ver a biblioteca se o usuário já tiver comprado filmes, mas não adquirir novas produções nos dispositivos Apple, uma vez que ela tem seu próprio serviço de compra de filmes e outros podem ser adquiridos no streaming Apple TV.

A proibição do xCloud na App Store, então, pode se dar pelo fato de que a Apple já tem o Arcade, serviço de jogos por assinatura.

Mas a Apple não parece estar tão preocupada assim com o incomôdo de outras empresas. Se os papéis da fabricante continuarem subindo, a companhia pode ser a primeira empresa dos Estados Unidos a atingir o valor de mercado de 2 trilhões de dólares.

Um belo jeito de travar a concorrência.

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