Tecnologia

O negócio da China que a Samsung encontrou: um mercado de semicondutores "livre de TSMC"

Apesar de ter investido em fábricas nos EUA, a Samsung teve dificuldade de conseguir grandes clientes do país

Ramana Rech
Ramana Rech

Redatora

Publicado em 3 de abril de 2025 às 14h58.

A Samsung está se voltando para grupos chineses de tecnologia para alavancar sua divisão de semicondutores. A companhia enfrenta problemas para conseguir clientes dos Estados Unidos apesar do dinheiro investido nas manufaturas no país.

No ano passado, a Samsung vendeu mais de três anos de suprimento de “chips lógicos” – componente chave na manufatura de chips de inteligência artificial – para Kunlum, subsidiário de design de chip do grupo chinês Baidu, segundo o Financial Times. O aumento da relevância da China para os negócios de semicondutores da Samsung vem em meio ao aumento das tensões comerciais entre Washington e Pequim.

A Samsung também anunciou investimento de US$ 40 bilhões em fábricas no Texas para expandir sua manufatura de chips. Mas a sul-coreana não conseguiu competir com a gigante de chips taiwanesa TSMC, que, por sua vez, pretende investir US$ 100 bilhões em fábricas no Arizona.

A Samsung também tem tido dificuldade de competir com a sul coreana SK Hynix na produção de chips HBM. Já a China não consegue acessar os produtos da SK Hynix, que tem o seu suprimento adquirido por produtores de chip de ponta como Nvidia, Amd, Intel e Broadcom.

Apesar dos semicondutores da Samsung não terem a mesma qualidade do que os da SK Hynix, a companhia se tornou a principal fornecedora de chips HBM para a China. A Samsung tinha planos de trabalhar com Kunlun para aprimorar chips de IA, mas os planos foram adiados com o fortalecimento de restrições impostas pelos EUA para que empresas estrangeiras deixem de fornecer semicondutores de ponta para a China.

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