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O lançamento de um carro novo vai ser a calmaria da Tesla?

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Tesla: montadoras convencionais e concessionárias fazem ajustes frequentes em descontos e ofertas, mas é raro fabricantes mudarem os preços de modelos de anos diferentes (Tesla/Cortesia/Reuters)

Tesla: montadoras convencionais e concessionárias fazem ajustes frequentes em descontos e ofertas, mas é raro fabricantes mudarem os preços de modelos de anos diferentes (Tesla/Cortesia/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2018 às 05h40.

Última atualização em 3 de setembro de 2018 às 11h09.

Uma hora a tempestade de notícias ruins da montadora de carros elétricos Tesla teria que dar uma trégua. Depois de um agosto cheio de polêmicas, é esperado que a companhia de Elon Musk apresente um novo carro esta semana, no show automotivo Grand Basel, na Suíça. A Tesla está planejando uma surpresa para edição deste ano e a expectativa é de um novo modelo — que seria apresentado em um evento público, diferente de modelos anteriores.

A Tesla já afirmou estar trabalhando em alguns protótipos que podem ser o eleito desta semana, como um utilitário crossover, uma picape ou a nova geração do esportivo Roadster. Como o Grand Basel é uma feira de carros de luxo, as apostas giram em torno do Roadster. Algumas reportagens apontam que a empresa enviou convites aos atuais donos de Tesla  para participar de um sorteio, cujo vencedor poderia visitar o Grand Basel. “O Grand Basel mostra um número cuidadosamente selecionado de automóveis topo de linha — não apenas os mais dignos e luxuosos carros, mas também as edições mais contemporâneas e tecnicamente avançadas de carros conceituais”, afirma a Tesla em seu site.

O lançamento poderia trazer leveza à empresa que teve um agosto daqueles. No mês passado, Musk afirmou em sua conta no Twitter que compraria ações para que a Tesla deixasse de ser pública, com ajuda do Fundo Soberano Saudita — uma decisão que depois foi retirada da mesa, mas que ainda pode trazer problemas com as autoridades regulatórias.

Musk também deu uma entrevista soturna ao jornal The New York Times, afirmando que o último ano foi o mais “difícil e doloroso de toda sua carreira. Foi excruciante”. Nesse período, ele sofreu pressão de investidores para aumentar a produção na Tesla, chegou a dormir na companhia por dias, prometeu muito, cumpriu pouco, brigou com analistas e jornalistas e até se meteu no resgate das crianças presas numa caverna na Tailândia — um evento que culminou com ele acusando um dos socorristas de ser um pedófilo. Segundo o próprio Musk, ele quase perdeu o casamento de seu irmão, Kimbal, e passou o próprio aniversário imerso no inferno produtivo do Model 3, o veículo hatch popular da Tesla.

Um novo carro, neste cenário, é uma oportunidade de aliviar a tensão. O problema é que investidores, consumidores e analistas sabem que Musk e a Tesla são mestres na apresentação de novos modelos, o que deve se repetir na Suíça. O problema, depois, é fabricar os veículos. E um modelo a mais na linha de produção pode complicar ainda mais as coisas, em vez de simplificá-las.

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