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O Google Reader vai morrer. Veja as alternativas ao serviço

O Google Reader vai ser desativado em 1º de julho e isso traz problemas para os apps que recebem notícias por meio desse agregador de RSS

Há vários serviços que podem substituir o Google Reader, e outros devem surgir nos próximos meses (Adam Berry / Getty Images)

Há vários serviços que podem substituir o Google Reader, e outros devem surgir nos próximos meses (Adam Berry / Getty Images)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 20 de março de 2013 às 17h38.

São Paulo — O agregador de notícias Google Reader vai ser desativado em 1º de julho. O fim do serviço cria um problema para quem gosta de ler informações distribuídas nos padrões RSS e Atom, uma das formas empregadas por sites como EXAME.com para distribuir conteúdo informativo.

Muitos apps de notícias usam o Reader como fonte de informações. Isso traz uma série de vantagens ao usuário, como poder ver as mesmas notícias em diferentes dispositivos. Se alguém assina um feed RSS, a assinatura passa a valer em todos os apps que têm acesso à conta da pessoa no Reader.

O Google diz que o interesse pelo serviço vem diminuindo. É possível. Mas é mais provável que a empresa tenha decidido matá-lo porque ele não dá lucro. Criado em 2005, o Reader já esteve mais em evidência no passado. Simples, gratuito e eficaz, ele acabou desbancando outros agregadores de RSS que existiam na época.

Com a ascensão de outros canais para a distribuição de notícias, como o Twitter e os aplicativos móveis de noticiários, o interesse pelo RSS diminuiu. Mas essa ainda é uma forma prática de o usuário escolher exatamente de que sites deseja receber notícias e combinar diferentes fontes de informação numa mesma página. 

O fechamento gerou alguma gritaria nas redes sociais. Houve até um grupo de usuários que publicou uma petição no site Change.org, solicitando ao Google que não mate o Reader. No dia 15 de março, a petição já havia sido subscrita por mais de cem mil pessoas.


De agora em diante, quem quiser receber notícias por RSS terá de usar aplicativos que não dependam do Google Reader. Há algumas opções para isso. A que ganhou mais visibilidade com o anúncio do fim do Reader é o Feedly. Esse serviço está disponível na forma de extensões para browsers e de apps para smartphones e tablets com os sistemas iOS e Android.

Dois dias depois de o Google anunciar o fechamento do Reader, a DevHD, empresa responsável pelo Feedly, divulgou que o serviço tinha ganho meio milhão de novos usuários. Os apps do Feedly subiram rapidamente aos primeiros lugares nos rankings de downloads das lojas App Store e Google Play.

“Tivemos de ativar novos servidores e multiplicar por dez a banda para acesso a eles”, diz uma nota no blog da DevHD. Essa enorme procura parece confirmar a suspeita de que os órfãos do Google Reader não são poucos.

O Feedly mostra as notícias no formato página de revista popularizado por apps como o Flipboard. Mas é também possível vê-las numa lista simples. A importação de dados do Google Reader no Feedly é trivial. Basta identificar-se com o nome de usuário e a senha do Google.

Há outros serviços de RSS que não dependem do Google Reader. O Newsblur, por exemplo, agrada a usuários avançados por suas opções de personalização. Mas é um serviço pago (há uma opção grátis, mas com muitas restrições) e alguns usuários reclamam que seus aplicativos móveis são lentos.


Já o NetNewsWire é apreciado por usuários de produtos da Apple. Mas ele não tem versão para Android e nem para Windows. Outras soluções devem aparecer nos próximos meses. Diversos desenvolvedores de apps que usam o Google Reader — como Press (Android), Nextgen Reader (Windows 8) e Reeder (iOS e Mac) — já divulgaram que vão modificar seus produtos para que não dependam desse serviço.

Na semana passada, a turma do site de compartilhamento de notícias Digg anunciou que vai desenvolver seu próprio agregador de notícias para substituir o Google Reader. Ele deve ser inaugurado no segundo semestre.

“Esperamos identificar e reconstruir os melhores recursos do Google Reader (incluindo a API), mas também avançar para atender à internet de 2013, onde redes e comunidades como Facebook, Twitter, Tumblr, Reddit e Hacker News oferecem sinais poderosos, mas frequentemente confusos, do que há de interessante”, escreveu Andrew McLaughlin, presidente do Digg, no blog da empresa. O certo é que, ao menos por enquanto, o RSS vai sobreviver.

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