Tecnologia

NSA pode interceptar comunicações por celular, afirma jornal

Documentos internos da NSA asseguram que a agência que pode 'processar codificações A5/1' uma tecnologia utilizada nas redes celulares


	O jornal se baseia em documentos internos da NSA fornecidos pelo ex-analista da CIA Edward Snowden, acusado pelos EUA de divulgação de informação classificada
 (AFP)

O jornal se baseia em documentos internos da NSA fornecidos pelo ex-analista da CIA Edward Snowden, acusado pelos EUA de divulgação de informação classificada (AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 08h35.

Washington - A Agência de Segurança Nacional americana (NSA, na sigla em inglês) pode desencriptar comunicações móveis do protocolo GSM de segunda geração, segundo informou neste sábado o jornal 'The Washington Post'.

O jornal se baseia em documentos internos da NSA fornecidos pelo ex-analista da CIA Edward Snowden, acusado pelos EUA de divulgação de informação classificada, nos quais se assegura que podem 'processar codificações A5/1' uma tecnologia ainda extensamente utilizada no mundo todo.

Embora as codificações A5/1 tenham sido criadas nos anos 80 e repetidamente invadidas por 'hackers', ainda são utilizadas em telefones celulares com tecnologia 2G, especialmente usadas em países em desenvolvimento.

No entanto, ainda na atualidade algumas comunicações de voz de telefones celulares podem ser transmitidas em 2G apesar do dispositivo indicar que é apto para redes 3G ou 4G.

Segundo especialistas consultados pelo 'Washington Post', não está claro que a NSA possa decodificar outros protocolos de encriptação mais complexos, por causa dos recursos e do tempo necessários, como no caso do GSM A5/3.

Os documentos de Snowden, que se encontra asilado na Rússia, também não mostram se a NSA pode decifrar o protocolo CDMA, utilizado por operadoras de celulares em alguns países da Ásia e dos Estados Unidos.

A lei americana proíbe explicitamente à NSA espionar o conteúdo de comunicações em território americano ou que afetem cidadãos e residentes no país.

No entanto, cada vez mais corporações de Polícia estaduais, federais e agências de inteligência utilizam dispositivos que simulam torres de comunicações móveis para interceptar chamadas ou mensagens de celulares.

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