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Novos recursos do Waze vão facilitar vida do motorista

Aplicativo deverá ser integrado à central multimídia dos automóveis para oferecer mais funcionalidades

Waze funcionará no Android Auto em breve
 (Divulgação)

Waze funcionará no Android Auto em breve (Divulgação)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 27 de fevereiro de 2017 às 20h35.

Na última edição do Google I/O, conferência para programadores realizada nos EUA em maio do ano passado, foi anunciado que o Waze – que foi comprado pelo Google em 2013 – ganharia suporte ao Android Auto.

Isso não está longe de acontecer, mas o Waze está trabalhando para ir um pouco mais além, oferecendo funcionalidades extras ao ser integrado à rede eletrônica dos automóveis. 

Hoje, a grande sacada do Waze é usar o cruzamento de dados de seus usuários para exibir informações de tráfego, condições das vias, velocidade e radares. Além disso, os próprios usuários podem reportar manualmente acidentes, polícia, objetos na via e dados mais específicos, como preços dos combustíveis em postos.

Ouvido pela Wired, o gerente de aplicativos do Waze, Jens Baron, disse que a versão do aplicativo para centrais multimídia poderá coletar informações do veículo para sua base de dados. Serão informações como nível de combustível, temperatura externa, se os limpadores de para-brisa e faróis estão ligados e uso do freio.

Para permitir que isso funcione, o Waze se juntou ao consórcio SmartDeviceLink, criado por Ford e Toyota para o desenvolvimento uma plataforma de software de código aberto para aplicativos de uso automotivo. Esta plataforma, aberta tanto para fabricantes de centrais multimídia como para desenvolvedores de apps, seria a base para uma nova geração de sistemas de infotainment.

A diferença para plataformas já existentes como Android Auto e Apple Carplay é que o fabricante não dependeria de contratos e licenças para ter integração com smartphones. E tudo se torna mais fácil se todos passam a utilizar a mesma plataforma. 

O Waze não disse o que pretende fazer com as informações, mas não é difícil imaginar o que poderia ser feito. Ter lembrete para ligar os faróis ao entrar numa rodovia e alerta sobre chuva no caminho seria interessante.

Por outro lado, o nível de combustível serviria para sugerir o posto de combustível mais barato nas proximidades – ou o posto da bandeira que pagar por publicidade no Waze, afinal, não existe almoço grátis. Seria o Waze – e, consequentemente, o Google – tendo acesso a mais informações sobre os motoristas, seus carros e hábitos.

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