Tecnologia

Novo Xbox será mais do que videogame para a Microsoft

Empresa busca uma fatia maior na indústria de jogos, que movimenta 65 bilhões de dólares por ano


	A companhia busca uma fatia maior na indústria de jogos, que movimenta 65 bilhões de dólares por ano, mas o dispositivo enfrentará grande concorrência do PlayStation 4, da Sony, e do Wii U, da Nintendo, em um mercado que está em transformação.
 (Justin Sullivan/Getty Images)

A companhia busca uma fatia maior na indústria de jogos, que movimenta 65 bilhões de dólares por ano, mas o dispositivo enfrentará grande concorrência do PlayStation 4, da Sony, e do Wii U, da Nintendo, em um mercado que está em transformação. (Justin Sullivan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2013 às 14h02.

Seattle - A Microsoft se prepara para causar impacto esta semana com o lançamento da aguardada nova geração do console de videogames Xbox, oito anos após a chegada da última versão do aparelho.

A companhia busca uma fatia maior na indústria de jogos, que movimenta 65 bilhões de dólares por ano, mas o dispositivo enfrentará grande concorrência do PlayStation 4, da Sony, e do Wii U, da Nintendo, em um mercado que está em transformação.

Os fãs estão se voltando para jogos online, o que tem sugerido que os dias de glória dos games em consoles estão para acabar, ao mesmo tempo em que Microsoft quer que o seu novo e elegante brinquedo finalmente ocupe o centro do entretenimento da família.

"Os jogadores estão muito ansiosos por uma nova máquina, mas a diferença entre 2005 e agora é que os riscos são muito maiores", disse o editor-executivo de entretenimento do site IGN.com, Ryan McCaffrey, comentando o lançamento da última versão do Xbox.

"Toda a experiência Xbox da Microsoft era para ser a peça central da sala de estar." Tendo em vista essa meta, os observadores da indústria estão esperando uma série de melhorias no novo Xbox, quando a Microsoft lançar o produto em sua sede, em Redmond, Washington, na terça-feira.

A expectativa é que o aparelho traga uma maior integração com a televisão e conexões com dispositivos móveis de conteúdo, até mesmo exclusivo.

Consoles de videogames ainda abocanham a parte de leão do crescente mercado de jogos -- cerca de 42 por cento dos 65 bilhões de dólares, segundo a Microsoft. Mas ganham terreno rapidamente os jogos em smartphones e tablets, num desdobramento das redes sociais.


Vendas de consoles entraram em declínio durante os últimos quatro anos, principalmente por causa do envelhecimento dos aparelhos e a primeira máquina da nova geração de consoles não reaqueceu o setor. O Nintendo Wii U, lançado em novembro, vendeu apenas 3,45 milhões de unidades até o final de março, bem abaixo da previsão inicial da empresa de 5,5 milhões. Enquanto isso, as expectativas de vendas do PS4 da Sony são baixas.

Lewis Ward, analista da empresa de pesquisa de mercado de tecnologia International Data Corp, calcula que cerca de 250 milhões de Xbox 360, PlayStation 3 e Nintendo Wii foram vendidas entre 2005 e 2012.

"Eu acho que os consoles como uma categoria de produto podem ter atingido o pico e a próxima geração de dispositivos não chegará a esses totais (de venda)", comentou.

O Xbox em si não é um item financeiro fundamental para a Microsoft. A unidade de dispositivos de entretenimento deve alcançar 10 bilhões de dólares em vendas pela primeira vez este ano, mas isso é metade das vendas da área responsável pelo Windows, e muito menos rentável, com média de menos de 15 por cento de margem de lucro, em comparação com 60 por cento ou mais para Windows ou Office.

Entretanto, o Xbox ainda é uma arma importante na estratégia da Microsoft contra Google, Apple, Amazon.com e outras grandes empresas que tentam se tornar peça central na vida dos consumidores.

"Este novo Xbox tem uma importância enorme para a Microsoft. É peça de uma guerra maior que a empresa está travando. Eles querem estar totalmente integrados ao consumidor, seja na sala de estar, seja por meio de aparelhos móveis", disse P.J. McNealy, presidente da Digital World Research.

Enquanto isso, McCaffrey, da IGN.com, afirmou: "Eles vão tentar capturar público casual com entretenimento enquanto por outro lado tentarão manter os jogadores interessados." "Eles querem que o console fique ligado o tempo inteiro, seja uma mãe assistindo a um vídeo, o filho jogando videogame e o pai vendo o jogo de beisebol, este é o objetivo deles."

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