Tecnologia

Novo vírus usa 4 fontes de distribuição, diz empresa de segurança

Segundo especialistas, em algumas ocasiões, para infectar os equipamentos, os hackers utilizaram arquivos disfarçados como atualização do Windows

Hacker: "Confirmamos que uma das fontes de distribuição do malware é a companhia de software ucraniana MeDoc" (Thomas Samson/AFP)

Hacker: "Confirmamos que uma das fontes de distribuição do malware é a companhia de software ucraniana MeDoc" (Thomas Samson/AFP)

E

EFE

Publicado em 28 de junho de 2017 às 15h46.

Moscou - A companhia russa Kaspersky, uma das grandes empresas de cibersegurança do mundo, afirmou nesta quarta-feira que o novo vírus que afetou instituições e grandes empresas do mundo todo ontem utiliza quatro fontes de distribuição.

O malware, que os analistas da Kaspersky apelidaram de "ExPetr" é parecido com o "Petya", mas tem um modo de operar completamente diferente, disse um porta-voz da empresa à Agência Efe.

"Um dos vetores de infecção do 'ExPetr' é um código modificado 'Eternal Blue', também usado pelo 'WannaCry' (responsável pelo ataque em massa de maio). No entanto, com o 'WannaCry' tínhamos um único vetor, enquanto o 'ExPetr' utiliza pelo menos quatro fontes de distribuição", afirmou o porta-voz.

De acordo com os especialistas, em algumas ocasiões, para infectar os equipamentos das vítimas, os hackers utilizaram arquivos que eram disfarçados como uma atualização do Windows.

Para eles, a pequena empresa ucraniana MeDoc é uma das fontes de distribuição do malware que afetou instituições e grandes empresas do mundo inteiro.

"Confirmamos que uma das fontes de distribuição do malware é a companhia de software ucraniana MeDoc. Seu site foi hackeado e os usuários receberam a atualização maliciosa de forma automática", explicou o representante da Kaspersky.

No entanto, a companhia ucraniana negou em sua página no Facebook que uma atualização de seus programas tenha sido a causa do contágio.

"Como fornecedor responsável de software, supervisionamos a segurança dos nossos protocolos", disse a empresa.

"De qualquer forma, o contágio por meio do MeDoc foi só um dos vetores do ataque, que ocorreu por reenvio em massa mediante a phishing", completou a companhia ucraniana na mensagem.

Segundo a Kaspersky, os países mais afetados pelo novo ataque cibernético são Ucrânia, Rússia, Polônia, Itália, Alemanha, Reino Unido, China e França.

Acompanhe tudo sobre:HackersInternetseguranca-digital

Mais de Tecnologia

Gigantes das redes sociais lucram com ampla vigilância dos usuários, aponta FTC

Satélites da SpaceX estão causando interferência nos equipamentos de pesquisadores, diz instituto

Desempenho do iPhone 16 chama atenção e consumidores preferem modelo básico em comparação ao Pro

iPhone 16 chega às lojas – mas os recursos de inteligência artificial da Apple, não