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Novo foco do Google é o aplicativo Maps

O serviço é usado, na maior parte, gratuitamente e sem anúncios desde que foi lançado há 14 anos

Google: aplicativo Maps é o foco do Google (Getty Images/Getty Images)

Google: aplicativo Maps é o foco do Google (Getty Images/Getty Images)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 10 de abril de 2019 às 17h23.

O Google se tornou a empresa de internet mais lucrativa do mundo com publicidade em pesquisa de busca. Agora, está transformando outro serviço popular na internet em um grande caixa eletrônico.

O Google Maps é um item indispensável na vida de mais de 1 bilhão de pessoas para se deslocar, explorar novas cidades ou encontrar um novo restaurante. O serviço é usado, na maior parte, gratuitamente e sem anúncios desde que foi lançado há 14 anos.

Entrevistas com executivos e clientes do Google mostram que isso está mudando à medida que o gigante da internet diversifica as formas como os anunciantes podem alcançar os usuários do Google Maps, ao mesmo tempo em que aumenta os preços para algumas empresas que usam a tecnologia subjacente. Agora, o aplicativo destaca regularmente os locais patrocinados e exibe listagens extras pagas quando as pessoas procuram por postos de gasolina, cafés ou outros serviços.

“Há uma grande oportunidade para que eles aumentem a monetização”, disse Andy Taylor, diretor associado de pesquisa da agência de marketing digital Merkle. “Eles têm vindo com calma”.

O negócio de busca ainda é imensamente lucrativo e crescente, mas isso não vai durar para sempre. Mais pessoas estão pesquisando via Amazon.

“Às vezes eu digo que o ativo menos rentabilizado que cubro é o Google Maps”, disse Brian Nowak, analista do Morgan Stanley, durante uma entrevista do diretor de negócios do Google, Philipp Schindler, em conferência recente.

Schindler ressaltou que o Google irá gerar recomendações personalizadas no Google Maps “respeitando a privacidade”.

A empresa testou anúncios no Google Maps durante anos e é proprietária do Waze, o aplicativo de navegação que exibe anúncios e já foi baixado mais de 100 milhões de vezes. Mas o Google vem atuando devagar. “Temos sido muito cuidadosos em não sermos agressivos sobre como apresentamos essas recomendações aos usuários, porque não queremos que os usuários sintam que estamos sobrecarregando a experiência”, disse Rajas Moonka, diretor de gerenciamento de produto do Google Maps.

Nos últimos dois anos, o Google também testou “pins promocionais”, pontos de referência que aparecem no mapa destacados com a marca de um anunciante, independentemente de o usuário pesquisar ou não essa empresa. O McDonald’s e a Michael Kors estão entre essas empresas.

Além dos pins, anúncios podem ser encontrados nos resultados de pesquisa do Google Maps, por exemplo, quando a Starbucks paga para aparecer no topo de uma lista de resultados de pesquisa para “cafeterias próximas”.

Agora, o Google Maps é um produto que você deve comprar, disse Bartlomiej Owczarek, fundador de uma startup que ajuda as pessoas a descobrirem quais farmácias estocam os remédios de que precisam.

De repente, cobrar por algo que era gratuito ou colocar anúncios em serviços anteriormente grátis são etapas incomuns e arriscadas para o Google. Mas, a Alphabet acionistas para agradar e metas de crescimento de receita a serem atingidas. O Google Maps é o próximo grande serviço em que a empresa está apostando para atingir seus objetivos.

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