pretty with pink cancer scarf woman with raised arms showing muscle (jose carlos cerdeno martinez/Getty Images)
O câncer, ainda que figure como um dos grandes nêmeses da vida humana, no avançar da ciência, se torna uma doença menos temida. Uma contribuição nesse sentido surge de um estudo revolucionário publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, que, no caso de câncer de mama, confirmou que uma aplicação de imunotoxina nos dutos mamários é capaz de eliminar totalmente lesões pré-cancerosas visíveis e invisíveis de pacientes.
A pesquisa, liderada por cientistas da Johns Hopkins Kimmel Cancer Center, especializado em câncer de mama em estágio inicial, primeiramente, avaliou a eficácia da imunotoxina em quatro linhagens celulares de diferentes subtipos de câncer de mama em camundongos.
Os resultados evidenciaram que o tratamento induziu à morte as células tumorais em todas elas.
Os pesquisadores também administraram o tratamento a cerca de dez camundongos para captar possíveis toxinas circulares no sangue após a intervenção e, de cinco a 30 minutos depois, não encontraram nada.
Mas o comparativo que definiu a eficácia de eliminar o câncer inicial veio da aplicação em dois grupos distintos de ratos: um primeiro, recebeu a aplicação uma vez por semana durante três semanas nos dutos tumorais. O segundo, para viés de comparação de eficácia, recebeu a aplicação, mas não na área com câncer.
No final da terapia, descobriram que aqueles que receberam a injeção no corpo tiveram um crescimento tumoral mais lento, mas que retornava após a interrupção.
Já os que receberam diretamente nos dutos tiveram os tumores completamente eliminados dentro de duas semanas após a conclusão do tratamento e a arquitetura da mama era parecida com glândulas mamárias normais. Nenhuma recorrência foi detectada após dois meses.