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Novas tecnologias mudam a forma como nos divertimos

São Paulo – Novas TVs de alta resolução, como as telas 4K, gadgets vestíveis, como o Google Glass, e jogos com sensores de movimento, como o Kinect, já estão transformando a forma como as pessoas se divertem e ampliando radicalmente sua forma de interação com jogos, filmes, músicas e aplicações online

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2013 às 10h00.

São Paulo – Novas TVs de alta resolução, como as telas 4K, gadgets vestíveis, como o Google Glass, e jogos com sensores de movimento, como o Kinect, já estão transformando a forma como as pessoas se divertem e ampliando radicalmente sua forma de interação com jogos, filmes, músicas e aplicações online.

De acordo com o professor doutor Seiji Isotani, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), sediado em São Carlos, a experiência dos usuários interagindo com plataformas virtuais está ficando tão sofisticada a ponto de causar confusão em torno do que é realidade ou apenas simulação virtual.

“Em TVs de alta resolução, o realismo pode ser tão grande que a fotografia confunde o espectador, tornando difícil para uma pessoa comum dizer qual imagem é real ou qual foi criada virtualmente por um software. As duas coisas estão se mesclando de maneira muito forte”, afirma Isotani, referindo-se às imagens projetadas em telas 4K, que possuem quatro vezes mais pixels que uma TV Full HD.

A confusão entre real e virtual deve aumentar com a disseminação de gadgets vestíveis, como o Google Glass, acessório em forma de óculos que projeta imagens nos olhos do usuário, fazendo-o ver informações virtuais em meio ao cenário real que seus olhos enxergam. Assim, ao caminhar pelas ruas com um Glass no rosto, por exemplo, é possível ver mapas projetados sobre o caminho, orientando o usuário a seguir para o destino desejado.

Realismo em cinema e jogos – As novas tecnologias a serviço do entretenimento também expandem o leque de criação de conteúdo para oferecer experiências como, por exemplo, exercícios físicos. “Em consoles de games como o Xbox ou Wii, que usam sensores de movimento, já existem programas que criam situações em que o usuário é ‘perseguido’ por fantasmas e precisa correr ou, ainda, é orientado a reproduzir exercícios de ioga ou alongamento”, diz Isotani. Novos sensores aplicados aos videogames são capazes, ainda, de monitorar o batimento cardíaco dos usuários e fazê-los acelerar ou diminuir a intensidade dos movimentos conforme seu objetivo, que pode ser emagrecer ou apenas relaxar.

Ainda que o objetivo seja perder peso ou melhorar a postura, os desenvolvedores de games se esforçam para tornar a experiência divertida e social, algo que pode ser feito, por exemplo, registrando imagens do usuário com a câmera do sensor Kinect e oferecendo-a para compartilhamento em redes como Facebook ou Instagram.

Cruzamento de plataformas – Para Guilherme Loureiro, diretor de marketing da desenvolvedora brasileira de games Hoplon, a grande contribuição das novas tecnologias para sua indústria será, nos próximos anos, permitir a integração de plataformas. Ou seja, fazer com que os jogos possam ser disputados online em dispositivos móveis, videogames e computadores, independentemente do sistema operacional que esses equipamentos utilizem, o que é possível graças a soluções em nuvem. “Quando se aumenta o escopo de plataformas de um game, a capilaridade do jogo também aumenta e os custos caem”, afirma Loureiro.
Com o apoio do poder da nuvem e o desenvolvimento de componentes eletrônicos mais poderosos e inteligentes, soluções criativas devem transformar de modo acelerado o jeito como nos divertimos usando a TV, o smartphone ou, até mesmo, os óculos que usamos em nosso rosto.

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