Tecnologia

Nova York desenvolve o primeiro "passaporte covid" dos EUA

Aplicativo será usado em smartphones e, inicialmente, requisitado em locais de grande concentração, como o Madison Square Garden

O aplicativo está disponível tanto para usuários de Android quanto de iOS e é totalmente gratuito (Estado de Nova York/Divulgação)

O aplicativo está disponível tanto para usuários de Android quanto de iOS e é totalmente gratuito (Estado de Nova York/Divulgação)

KS

Karina Souza

Publicado em 28 de março de 2021 às 15h51.

Última atualização em 31 de março de 2021 às 20h45.

A cidade de Nova York encontrou uma alternativa tecnológica para ajudar no combate à covid-19. De acordo com informações do site USA Today, a partir de sexta-feira, as pessoas que vivem na cidade poderão baixar um aplicativo em que será possível comprovar tanto que foram vacinadas recentemente quanto que tiveram resultado negativo para os testes que detectam o coronavírus.

Quer acompanhar as principais notícias do mercado com análises de qualidade? Assine a newsletter de EXAME Research.

Essa é a primeira certificação digital dos Estados Unidos direcionada ao combate à covid-19. Chamada de Excelsior Pass, é de uso voluntário (tanto de pessoas quanto de empresas), porém será requisitada em locais de grande circulação a partir do momento em que começar a funcionar -- o exemplo mais claro, até o momento, é o do Madison Square Garden.

O aplicativo está disponível tanto para usuários de Android quanto de iOS e é totalmente gratuito. O desenvolvimento foi custeado pelo governo de Andew Cuomo, como forma de recuperar os setores mais afetados pela pandemia.

Como o app funciona?

Ainda segundo as informações divulgadas, o Excelsior Pass deve funcionar de modo similar a um cartão de embarque de uma companhia aérea, em que as pessoas poderão comprovar o próprio estado de saúde utilizando um QR Code (ou incluindo o app na carteira digital do celular). 

Basta baixá-lo, inserir nome, data de nascimento, código postal e responder a uma série de perguntas pessoais para confirmar a identidade. Os dados devem vir do registro de vacinas do estado, sendo também vinculados os dados de testes de várias empresas pré-aprovadas.

Em relação à segurança, as autoridades estaduais reforçaram que o aplicativo desenvolvido pela IBM não armazena ou rastreia dados de saúde privados (por ser desenvolvido sob blockchain) e que a criptografia aplicada ajuda a proteger as informações dos cidadãos. 

Esse é mais um esforço conduzido recentemente com foco nos chamados “passaporte covid”, que ganha notoriedade por partir do setor público. No setor privado, Walmart, AirFrance e Singapore Airlines têm iniciativas semelhantes, de fornecer comprovação acerca de vacinas.

Desafios

Apesar de ser uma ideia que está se popularizando, esses aplicativos ainda carregam alguns problemas, especialmente nos Estados Unidos, como aponta um relatório da consultoria eMarketer. De acordo com as informações apuradas por eles, é possível trazer dois questionamentos à tona: o primeiro se refere à discriminação de grupos já marginalizados -- tendo em mente o fato que regiões de vulnerabilidade social receberam menos doses de vacinas do que outros condados.

O segundo ponto está relacionado à privacidade: uma pesquisa conduzida pela Rock Health mostrou recentemente que apenas 23% dos cidadãos norte-americanos estavam dispostos a divulgar os próprios dados de saúde em plataformas digitais.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusNova YorkPandemia

Mais de Tecnologia

China tem 966 milhões de usuários de telefonia móvel 5G

Como diminuir as barreiras para aplicações de computação quântica no setor de energia?

Disputa entre Gradiente e Apple tem definição no TRF

Veja como escolher uma boa ferramenta de BI