Cabos de fibra óptica: novidade está baseada na emissão de raios laser chamada "turbilhão óptico", devido à qual a luz se desloca como um tornado ao invés de fazê-lo em linha reta (Bertrand Langlois/AFP)
Da Redação
Publicado em 28 de junho de 2013 às 08h54.
Washington - Uma nova tecnologia de fibra óptica poderia aumentar consideravelmente a capacidade de transmissão na internet, com o envio de dados por raios luminosos em forma de turbilhão ao invés de fazê-lo em linha reta, informaram cientistas esta quinta-feira.
Em um ambiente de permanente aumento da demanda da internet, que põe à prova os limites de capacidade da rede, este avanço permitiria aumentar consideravelmente a amplitude das bandas de transmissão para aliviar a congestão do tráfego e aumentar o fluxo dos vídeos.
A nova tecnologia está baseada na emissão de raios laser chamada "turbilhão óptico", devido à qual a luz se desloca como um tornado ao invés de fazê-lo em linha reta.
Objeto de vários estudos de biologia molecular em física atômica e óptica quântica, se considerava que o "turbilhão óptico", também conhecido como "momento cinético orbital", era instável nas fibras ópticas.
As conclusões do estudo serão publicadas na edição de 28 de junho da revista Science.
"Durante várias décadas, os cientistas consideravam que os raios luminosos transportados por turbilhão óptico nas fibras eram fundamentalmente instáveis", explicou o professor de engenharia Siddharth Ramachandran, da Universidade de Boston (Massachusetts, nordeste), um dos principais autores da pesquisa.
"São trabalhos impressionantes", considerou Keren Bergman, um engenheiro elétrico da Universidade de Columbia em Nova York.
Bergman compara este avanço com descobertas dos anos 1990 sobre a possibilidade de transmitir múltiplos fluxos de informação no mesmo cabo de fibra óptica usando diferentes alcances de onda. Este tipo de cabos transportam atualmente 10.000 vezes mais dados do que há 30 anos.
A agência de investigação do Pentágono (DARPA) financiou os estudos sobre os turbilhões ópticos, dos quais participaram a empresa dinamarquesa OFS-Fitel e cientistas da Universidade de Tel Aviv, em Israel.