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Nova startup tem app de transporte que une carro, patinete e bicicleta

Com assinatura mensal, aplicativo brasileiro funciona como um Netflix do transporte

Go: aplicativo de transporte unifica acesso a veículos mediante mensalidade (Hamilton Penna/Go/Divulgação)

Go: aplicativo de transporte unifica acesso a veículos mediante mensalidade (Hamilton Penna/Go/Divulgação)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 31 de outubro de 2019 às 05h55.

Última atualização em 1 de novembro de 2019 às 20h08.

São Paulo – Quem usa diferentes meios de transporte em São Paulo precisa ter vários aplicativos no smartphone, um para cada serviço. Uma nova startup brasileira se propõe a resolver essa questão e facilitar a vida dos habitantes da cidade ao oferecer um aplicativo que une carro, bicicleta, patinete e bike elétricas. Chamada Go, a empresa vende planos de 500 reais mensais que oferecem acesso a todos esses meios de transporte. O aplicativo tem versões para smartphones com sistema operacional Android e iPhones.

A startup possui seus próprios veículos e não trabalha com parcerias nessa etapa inicial do negócio. No lançamento, a Go tem 10 carros, 110 patinetes (serão 200 no início de 2020), 20 bicicletas elétricas e 10 bicicletas manuais (estas últimas chegarão a 100 até o início no ano que vem).

Quem assinar o plano de transporte da startup tem cotas de tempo para o uso. Para carros, por mês, são 60 horas. Nos patinetes e bicicletas elétricas, o tempo sobe para 80 horas. E para bikes manuais o uso é livre. Os créditos valem apenas pelo mês de vigência da assinatura, não podem ser acumulados para o mês seguinte.

A atuação na capital paulista deve começar a partir de regiões comerciais, como a Avenida Faria Lima. De lá, a startup traça um raio de atuação de 15 kms, perímetro no qual oferece acesso aos seus meios de transporte. Tanto carros quanto patinetes e bikes precisam ser devolvidos em pontos específicos, não podendo ser deixados nas ruas, como acontece com veículos da Grin, Yellow ou Lime.

A startup foi formada junto aos sócios Francieli Balem (presidente da empresa), Ricardo Scolfaro, Simião Fernandes, Carlo Mantovani, Felipe Alves e Marcus Maida. Em entrevista a EXAME, Rafael Castro, cofundador e gerente de produto na Go, conta que a equipe se inspirou no modelo de negócio visto em Portugal, na empresa chamada MobiCascais, que unifica o acesso a diferentes veículos na vila de Cascais. Para ele, o formato facilita a locomoção urbana. "Os dez minutos que você anda hoje de patinete podem sair até mais caros do que uma viagem de Uber", afirma Castro.

A empresa contou com investimento próprio de mais de 1 milhão de reais para desenvolver sua plataforma tecnológica e adquirir os veículos. Seu sistema de conexão entre os dispositivos e a central se baseia no conceito de internet das coisas, uma das principais tendências tecnológicas da próxima década. Por conta disso, a startup estima reduzir 70% do custo com software. Com isso, espera conseguir expandir o negócio com o passar do tempo e a aquisição de clientes.

Em 2019, a Go atuará apenas na cidade de São Paulo. A expansão na capital paulista deve seguir ao longo do primeiro trimestre de 2020. No segundo trimestre do ano que vem, a companhia prevê o começo de operações nas cidades de Rio de Janeiro e Florianópolis.

O aplicativo Go, de forma indireta, enfrenta a concorrência das próprias empresas de patinetes e bicicletas, Grin e Lime, bem como a rivalidade de empresas de aluguel de carros via aplicativo, como Localiza, Movida e Hertz Rent-a-Car.

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