Redação Exame
Publicado em 29 de abril de 2024 às 09h49.
Última atualização em 29 de abril de 2024 às 09h52.
A Nasa aprovou uma nova missão, não tripulada, mas muito ambiciosa, enquanto as missões de retornar amostras de Marte encontram obstáculos como problemas nos lançadores das sondas que exploram o planeta vermelho nos últimos anos.
O projeto, denominado Dragonfly, envolve o envio de um drone aos céus de Titã, a maior das luas de Saturno, e está sob a responsabilidade do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, localizado em Laurel, Maryland. Com a recente aprovação, a equipe agora segue para a finalização do design da sonda e o início de sua construção, visando o lançamento em julho de 2028.
Titã se destaca não apenas por seu tamanho — superando o planeta Mercúrio e sendo a segunda maior lua do Sistema Solar —, mas também por suas características que lembram as terrestres. Possui uma atmosfera densa e um ciclo hidrológico ativo, embora baseado em metano e etano, diferentemente da água em nosso planeta. Essas particularidades fazem de Titã um alvo prioritário para estudos relacionados à astrobiologia e à origem da vida.
A missão Dragonfly pretende ampliar a exploração iniciada pela sonda Huygens em 2005, a primeira a pousar em Titã, enviando valiosas informações sobre sua superfície gelada e atmosfera. Ao longo de mais de três anos, a Dragonfly explorará várias regiões da lua, permitindo um estudo aprofundado de suas dunas e mares de hidrocarbonetos.
Apesar do potencial científico promissor, a missão enfrenta desafios significativos, incluindo um orçamento que dobrou desde sua pré-seleção em 2019, agora estimado em US$ 3,35 bilhões. Aumentos nos custos foram atribuídos a restrições orçamentárias, atrasos no desenvolvimento e impactos da pandemia de covid-19. No entanto, a decisão de prosseguir com a missão foi confirmada, com a chegada a Titã prevista para 2034, mais de seis anos após a decolagem.