Tecnologia

Nokia Siemens mira 35% do mercado de equipamento de 4G

A empresa vai produzir estações de rádio-base para a chamada tecnologia LTE, voltada para o 4G, e poderá exportar esses produtos

A joint-venture entre Nokia e Siemens espera manter o mesmo patamar de participação de mercado para o 4G que já possui no 3G (Thos Robinson/Getty Images)

A joint-venture entre Nokia e Siemens espera manter o mesmo patamar de participação de mercado para o 4G que já possui no 3G (Thos Robinson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2012 às 19h06.

São Paulo - A Nokia Siemens Networks vai fabricar, com um parceiro, produtos com tecnologia voltada para banda larga móvel de quarta geração (4G) no Brasil, e quer participação de ao menos 35 por cento deste segmento no país.

A empresa vai produzir estações de rádio-base para a chamada tecnologia LTE, voltada para o 4G, e poderá exportar esses produtos, caso as condições de competitividade melhorem no maior mercado da companhia na América Latina.

"A gente há algum tempo vem estudando essa possibilidade de produzir no Brasil e as condições melhoraram muito de um tempo pra cá", afirmou à Reuters o presidente do conselho da Nokia Siemens para América Latina, Aluizio Byrro.

Com isso, a joint-venture entre Nokia e Siemens espera manter o mesmo patamar de participação de mercado para o 4G que já possui no 3G, entre 35 e 40 por cento.

"Não queremos abrir mão de nenhum ponto percentual", disse o executivo.

A Nokia Siemens, que recentemente fechou contrato com a Oi para aprimorar a rede móvel da operadora nas regiões Nordeste e Sudeste do país, já está conversando com potenciais clientes para a tecnologia 4G, explicou Byrro.


"Temos trabalhado com nossos clientes, participado dos testes".

A empresa deve se beneficiar também com a exigência de nacionalização vinculada ao 4G, que será de 60 por cento até 2014. O leilão das faixas de frequência para o 4G foi finalizado nesta quarta-feira, tendo arrecadado 2,93 bilhões de reais.

Para Byrro, o nível atual de câmbio e as medidas recentes de incentivo do governo para o setor tornam o cenário atual atrativo para a empresa, mas que ainda precisa melhorar.

"O próximo grande desafio nós é tornar a produção brasileira também competitiva para exportação", disse o executivo, ressalvando que para isso são necessários "financiamentos adequados e logística" melhor.

A companhia ainda está em conversas com o potencial parceiro de produção, mas espera começar a produzir já no terceiro trimestre deste ano.

"Não vamos abrir uma fábrica nova nessa parte inicial, vamos fazer um outsourcing (de produção)", disse, sem revelar os investimentos totais direcionados ao empreendimento.

Pelo cronograma estabelecido pela Anatel, as cidades sedes da Copa das Confederações deverão ser cobertas por 4G a partir de 30 de abril de 2013, enquanto as sedes e subsedes da Copa do Mundo deverão ter o serviço a partir do fim do ano que vem.

Criada em 2007, a Nokia Siemens tenta fabricar em escala suficiente para competir com forte a sueca Ericsson e companhias chinesas, como ZTE e Huawei.

Para Byrro, América Latina tem crescido em importância para a empresa e responde por mais de 10 por cento do faturamento mundial da Nokia Siemens, que teve receita de 14 bilhões de euros em 2011.

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