Tecnologia

Nokia anuncia mudanças em direção com foco no mercado 5G

A indústria de redes - dominada pela Nokia, Ericsson e pela chinesa Huawei - foi duramente afetada por anos de desaceleração de demanda

Nokia: empresa planeja fundir os grupos de Redes Móveis e de Redes Fixas em uma nova unidade chamada de Redes de Acesso, que terá um presidente, ainda não nomeado. (Ints Kalnins/Reuters)

Nokia: empresa planeja fundir os grupos de Redes Móveis e de Redes Fixas em uma nova unidade chamada de Redes de Acesso, que terá um presidente, ainda não nomeado. (Ints Kalnins/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de novembro de 2018 às 10h44.

(Reuters) - O diretor da divisão de Redes Móveis da Nokia, maior setor da empresa, está deixando a companhia finlandesa como parte de mudanças desenvolvidas para posicionar a empresa na era das telecomunicações em 5G, informou a Nokia nesta quinta-feira.

Marc Rouanne, diretor de Redes Móveis da Nokia será substituído por Tommi Uitto, um finlandês descrito como um "especialista em tecnologias de rádio".

O francês Rouanne é o segundo executivo sênior a deixar a Nokia nas últimas semanas após a demissão do diretor de patentes, Ilkka Rahnasto, no início do mês passado.

A Nokia planeja fundir os grupos de Redes Móveis e de Redes Fixas em uma nova unidade chamada de Redes de Acesso, que terá um presidente, ainda não nomeado.

As Redes Móveis representam cerca de 30 por cento das receitas da Nokia. Sob a gestão de Rouanne, a divisão era encarregada de desenvolver e vender as novas tecnologias 5G nas quais as operadoras estão apenas começando a investir.

"Ao criar uma única organização de Redes de Acesso que inclui tanto as redes fixas quanto as móveis, poderemos melhorar nosso foco no cliente, simplificar nossa estrutura de gerenciamento, e fortalecer nosso portfólio completo", disse o CEO, Rajeev Suri, em nota.

Uitto lidera as vendas de produtos de Redes Móveis desde que a Nokia adquiriu sua rival franco-americana Alcatel-Lucent em 2016 por 15,6 bilhões de euros.

Rouanne chegou à Nokia da Alcatel-Lucent em 2008.

No mês passado, a Nokia lançou um novo programa de corte de gastos e repetiu uma ambiciosa previsão de lucros, dizendo que a demanda das operadoras por redes de 5G aumentaria de ritmo no final do ano.

A indústria de redes - dominada pela Nokia, Ericsson e pela chinesa Huawei - foi duramente afetada por anos de desaceleração de demanda por conta das redes já existentes de 4G e diante de dúvidas de investidores sobre quando começarão os benefícios dos contratos de 5G.

(Reportagem de Redação de Helsinki)

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