Tecnologia

Nobel de Economia alerta sobre IA: tecnologia precisa ser regulada para proteger empregos

Peter Howitt, laureado com o prêmio de 2024, diz que inteligência artificial tem 'possibilidades gigantescas', mas pode destruir postos de trabalho e substituir mão de obra qualificada

Economista canadense defende regulamentação da IA devido ao impacto no mercado de trabalho

Economista canadense defende regulamentação da IA devido ao impacto no mercado de trabalho

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 13 de outubro de 2025 às 18h39.

Um dos laureados com o prêmio Nobel de Economia deste ano advertiu que a inteligência artificial (IA) oferece "possibilidades assombrosas", mas deveria ser regulada devido a seu potencial para destruir empregos.

As declarações do canadense Peter Howitt, professor emérito da Universidade Brown, nos Estados Unidos, ocorrem em meio à crescente preocupação sobre como a IA afetará a sociedade e o mercado de trabalho.

Howitt foi um dos três economistas reconhecidos nesta segunda-feira, 13, pela Real Academia de Ciências da Suécia por seu trabalho sobre como a tecnologia impulsiona e afeta o crescimento.

Teoria da 'destruição criativa'

Sua pesquisa, junto com o também laureado Philippe Aghion, da França, se concentrou na teoria da "destruição criativa", na qual um novo e melhor produto entra no mercado e as empresas que vendem produtos antigos saem perdendo.

"Não sabemos quais serão os efeitos da destruição criativa", explicou Howitt em uma coletiva de imprensa. Ele também garantiu que ainda não se sabe quem será o líder da IA.

"É, obviamente, uma tecnologia fantástica com possibilidades gigantescas. E também tem um potencial incrível para destruir outros empregos ou substituir mão de obra altamente qualificada [...]. Necessitará ser regulada", sustentou.

IA é comparada a revoluções como eletricidade e internet

Howitt, de 79 anos, mencionou que se trata de um "grande momento na história da humanidade" e o comparou com épocas passadas de inovação tecnológica, incluindo o auge das telecomunicações na década de 1990 e os primórdios da eletricidade e da energia a vapor.

Disse que todas essas inovações demonstraram como a tecnologia pode melhorar a mão de obra e não apenas substituí-la. "Como vamos conseguir desta vez? Gostaria de ter respostas concretas, mas não tenho."

Howitt lembrou que, quando ele e Aghion escreveram pela primeira vez seu influente artigo de 1992 sobre a destruição criativa, levaram cinco anos para publicá-lo, mas ambos sabiam que tinham encontrado algo especial.

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