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Netflix mais barata? Empresa se junta à Microsoft para criar plano de assinatura com anúncios

A aliança das gigantes é uma resposta ao balanço que mostrou queda no número de usuários e assustou investidores da plataforma de streaming

Temporada ruim na Netflix: nos próximos dois anos a plataforma deve desenvolver os detalhes de um plano mais barato para seus assinantes (Beata Zawrzel/NurPhoto/Getty Images)

Temporada ruim na Netflix: nos próximos dois anos a plataforma deve desenvolver os detalhes de um plano mais barato para seus assinantes (Beata Zawrzel/NurPhoto/Getty Images)

A Netflix nomeou nesta quarta-feira, 13, Microsoft como parceira para implementar um novo plano de assinatura. A modalidade será mais barata que as ofertas atuais, que partem de R$ 25,90 no Brasil, porém com a inclusão de anúncios.

“A Microsoft tem a capacidade comprovada de atender a todas as nossas necessidades [...] Mais importante, a Microsoft ofereceu a flexibilidade para inovar ao longo do tempo tanto no lado da tecnologia quanto nas vendas, bem como fortes proteções de privacidade para nossos assinantes”, disse o COO da Netflix, Greg Peters, em comunicado.

O anúncio surge no momento em que a plataforma tem lutado para reter e adicionar assinantes nos últimos trimestres e já mencionava, desde abril, que estudava novas categorias de assinatura para conter o dano.

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A gota d'agua para por o plano em prática foi a divulgação do relatório financeiro da empresa do último trimestre, que apresentou queda de 200 mil assinantes e trouxe cautela entre os investidores. 

Antes de fechar com a Microsoft, segundo o The Wall Street Journal, a Netflix entrou em contato com nomes como Pooja Midha, executivo c-level da Comcast, e Peter Naylor, vice-presidente de vendas do Snapchat, além de nomes vindos do Google.

Mas, o contrário do Google, dono do YouTube, e da Comcast, dona do Peacock, da NBC Universal, a Microsoft não opera um serviço de streaming concorrente ao Netflix, o que torna a aliança bastante estratégica.

Segundo analistas do setor, o plano poderia ter surgido até mesmo antes dessa data, se não fosse uma posição relutante do CEO da Netflix, Reed Hastings, que só depois de ser pressionado pelos investidores, admitiu que “faz muito sentido” oferecer aos clientes uma opção mais barata.

E faz mesmo. Para se ter uma ideia, um estudo realizado pela consultoria americana MoffettNathanson estima que a Netflix poderia gerar US$ 1,2 bilhão em publicidade por ano a partir de 2025, levando-se em conta apenas o mercado americano.

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