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Nariz funciona como GPS natural, diz pesquisa

Pesquisa revelou que, assim como pombos e outros animais, podemos nos localizar apenas pelo cheiro

Steve Martin: "Não é napa, é geolocalizador" (Reprodução)

Steve Martin: "Não é napa, é geolocalizador" (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2015 às 12h10.

Pombos são legendários navegadores. Até a invenção do rádio, eles eram usados como mensageiros extremamente precisos - não importa onde fossem soltos, mesmo sem terem visto nada do caminho, sempre descobriam um jeito de voltar para seu pombal. 

Essa incrível capacidade, ainda mais para quem tem o cérebro do tamanho de uma amêndoa, era um mistério.

Até dois anos atrás, quando uma pesquisa revelou que as aves criam mapas em sua memória com os odores do caminho,

Um novo estudo acaba de demonstrar que temos a mesmíssima habilidade. Uma equipe da Universidade da Califórnia, Berkley, fez o teste em 24 voluntários. Eles foram levados a uma sala, com o chão marcado com uma grade de linhas, que continha 32 esponjas.

Duas delas receberam óleos essenciais aromáticos, como cravo, anis e bétula, em posições diferentes. Os cientistas então fizeram os voluntários girar em torno de si próprios, para causar desorientação.

Os participantes foram, em seguida, levados até um ponto da sala, e depois girados novamente. Então, os cientistas pediram que os voluntários voltassem até a posição original.

Diversos testes foram feitos, mas o mais relevante é aquele no qual os voluntários só contavam com o olfato, no qual eles tiveram os olhos vendados e usavam fones de ouvido.

Eles conseguiram achar a posição de forma mais eficiente que quem podia ver ou ouvir. Note-se que os cientistas não pediram para eles simplesmente encontrarem as esponjas, mas para voltar a um ponto específico da sala, usando a posição das esponjas perfumadas como referência. O GPS nasal funcionou com perfeição.

Nós e os demais primatas temos uma visão excelente comparada à maioria dos outros mamíferos. Vemos a cores e em 3D, com o que fazemos um mapa mental da realidade.

Em compensação, nosso olfato é medíocre. "Nunca achamos que humanos poderiam ter um olfato bom o suficiente para algo desse tipo", afirma a neurocientista Lucia Jacobs, que conduziu o estudo.

"Em retrospecto, os resultados estavam bem debaixo do meu nariz." Lucia deve participar de uma pesquisa mais ampla, da Fundação Nacional de Ciência, dos Estados Unidos, que pretende "Quebrar o Código Olfatório".

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