Izabela Anholett: diretora de tecnologia da EXAME é professor do Master em Digital Manager e Metaverso (EXAME/Exame)
Beatriz Correia
Publicado em 30 de junho de 2022 às 18h00.
Última atualização em 12 de dezembro de 2022 às 12h31.
Quando a taxa básica de juros da economia, a Selic, estava na sua mínima histórica (2% ao ano), centenas de milhares de novos investidores correram à bolsa, e, ao mesmo tempo, um número recorde de empresas decidiram abrir o seu capital (IPO) na B3 para novos investimentos.
Quando, na década de 90, a internet começou a se popularizar, milhares e, depois, milhões de companhias correram para se adaptar ao digital e conquistar um lugar na web. Com as redes sociais, a mesma coisa, há alguns anos (poucos, até), era incomum ver perfis de marcar e instituições no Facebook, Instagram, Twitter. Hoje, as marcas já disputam seu espaço na mais nova rede popularizada, o TikTok.
Esses movimentos mostram que as empresas buscam sempre estar onde seu público consumidor está, seja em espaços físicos, digitais ou virtuais. Acontece que essa diferenciação tem feito cada vez menos sentido, mas isso é papo para daqui algumas linhas. Antes, é preciso falar sobre o próximo passo das marcas e empresas.
Hoje, boa parte das instituições busca meios para entrar no metaverso, a mais nova tecnologia que promete revolucionar o mundo como é hoje. No entanto, a CTO (Diretora de Tecnologia, na sigla em inglês) da EXAME, Izabela Anholett, é categórica ao afirmar “não entre no metaverso só por entrar”.
Com 15 anos de experiência em tecnologia, a especialista é professora da matéria de Tecnologia da Informação para Produtos Digitais no metaverso, que faz parte da grade curricular do Master em Digital Manager e Metaverso. Em nível de pós-graduação, o Master em Metaverso é fruto de uma parceria entre a EXAME e o Ibmec. Para saber mais, acesse a página do curso aqui.
Para entender tudo até aqui é preciso dar alguns passos para trás. Afinal, o que é o metaverso e porque uma das especialistas e professora da nova tecnologia recomenda não entrar neste universo sem analisar bem essa decisão?
O metaverso pode ser definido como um novo formato de plataforma que serve para criação de aplicativos e ferramentas de interação social. É um ambiente virtual que simula o mundo real, onde as pessoas são representadas por seus avatares. Nada mais é do que um mundo alternativo baseado na Realidade Virtual, Realidade Estendida e Realidade Aumentada, em que os usuários podem acessar através de vários dispositivos e plataformas diferentes.
É uma tecnologia muito nova, mas que foi citada teoricamente pela primeira vez em um livro ainda na década de 90. Mas, então, porque só agora o termo explodiu e tem ganhado cada vez mais espaço na mídia? Por dois motivos principais.
O primeiro foi o rebranding do Facebook, que decidiu mudar o nome da empresa para Meta, deixando claro que esse será o foco da empresa daqui para frente. Além de mudar o nome da companhia, Mark Zuckerberg anunciou que vai investir 10 bilhões de dólares nos próximos anos para construir seu próprio ambiente no metaverso. A partir desse movimento, diversas outras grandes marcas começaram a investir na tecnologia.
O segundo motivo foi explicado pela CTO da EXAME e professora do Master em Metaverso, Izabela Anholett. “Agora o metaverso tem tudo para dar certo. Quando o termo surgiu, lá atrás, não tinha toda a estrutura de agora como blockchain e criptomoedas, que fazem com que o metaverso se sustente como uma economia”, explica a especialista.
Além da estrutura apropriada, Anholett aponta outro fator essencial para o sucesso do metaverso. "Quem tem menos de 25 anos hoje não se importa mais com o que é real ou virtual. Para eles, não existe essa diferença, tudo é uma experiência. A antiga geração se importa e, por isso, tem dificuldade em entender a proposta da nova tecnologia, mas as crianças e adolescentes não se importam mais com isso. É uma outra mentalidade que daqui a pouco está chegando no mercado de trabalho e no de consumo", esclarece.
Apesar de ainda ser uma tecnologia pouco explorada e com o potencial desconhecido, Anholett garante que o metaverso vai mudar o mundo como o conhecemos hoje. “A única certeza que temos é que ele vai mudar o mundo como é hoje, só não sabemos quando nem como. Nós não vimos o Uber surgindo, ou o Airbnb. Quando você viu já estava usando esses novos serviços”, explica.
Mas então, quem deve ou não entrar no metaverso? A professora do Master em Metaverso é categórica ao afirmar que ninguém nem nenhuma empresa deve entrar para fazer negócio no metaverso na empolgação. “No metaverso, dá para fazer o que você quiser, mas não entre se você não sabe como isso pode ajudar o seu negócio. Não se apaixone pela tecnologia só por ela. Você vai gastar muito dinheiro e não vai ter retorno algum”, afirma Anholett.
E para quem concluir que a melhor decisão é entrar no metaverso, a dica da professora é: “Entenda seu público, a forma como você se comunica com ele e como o metaverso pode melhorar a experiência dos consumidores”.
A CTO explica ainda que aceitou o convite para ser professora do Master em Metaverso porque a matéria tem foco em ensinar as pessoas como escolher a tecnologia ideal para o seu produto. “Eu não acredito em usar a tecnologia apenas pela tecnologia, e sim em fazer a melhor escolha para o seu negócio. Eu ensino as técnicas e os passos que eu uso na hora de escolher para onde ir, como aplicar as principais tecnologias do mercado no dia a dia de acordo com a realidade de cada um”.
Apesar da recomendação para que nenhum negócio entre no metaverso sem criar uma estratégia, é fato que muitas empresas entenderam que o caminho para elas é no novo mundo digital. É por isso que a busca por profissionais que entendam o que é e como aproveitar o potencial da tecnologia para os negócios tem crescido tanto.
Acontece que, por se tratar de um universo ainda em construção, boa parte dos cargos necessários para o bom funcionamento do metaverso ainda nem existe – o que significa que há poucos profissionais capacitados para ocupá-los (e que aqueles que se anteciparem e começarem agora a se aprofundar no assunto, conseguirão ocupar os melhores espaços).
Além disso, pela alta demanda e pouca oferta por esses especialistas, os salários oferecidos podem chegar aos R$ 25 mil. Saiba mais aqui.
De olho na crescente relevância do metaverso no mundo corporativo (e na enorme oportunidade que isso representa para empresas e profissionais), a EXAME Academy e o Ibmec, uma das mais tradicionais escolas de negócios do país, desenvolveram o Master em Digital Manager e Metaverso, citado no início do texto.
Em nível de pós-graduação, o curso conta com um grupo docente de peso (composto por profissionais de mercado), que inclui a CTO da EXAME e especialista que nos concedeu a entrevista, Izabela Anholett. O material também conta com mais de 90 horas de atividades práticas. Saiba mais aqui.
Para que os interessados possam conhecer o conteúdo antes de comprá-lo, a primeira aula da formação está disponível de maneira 100% gratuita e online.
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