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Não acredite nos números do Google+

A rede social alcançou a marca de 90 milhões de usuários, mesmo assim a empresa tem pouco a celebrar

Com o crescimento estrondoso do Facebook, Google  virou uma obsessão para Larry Page, CEO do Google (Justin Sullivan / Getty Images)

Com o crescimento estrondoso do Facebook, Google virou uma obsessão para Larry Page, CEO do Google (Justin Sullivan / Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2012 às 07h44.

São Paulo - O CEO do Google, Larry Page, comemorou, na semana passada, a marca de 90 milhões de usuários no Google+. Não se engane. A empresa tem pouco a celebrar.

Está mais do que claro que o Google+ virou uma obsessão para Page e seus funcionários. Com o crescimento estrondoso do Facebook e sua mania de engolir a internet, pode ser mesmo vital ter uma rede social capaz de manter a audiência dos internautas (afinal, há o risco de não sobrar ninguém para clicar nos anúncios do Adwords). Em um futuro hipotético dominado por Mark Zuckerberg, os usuários viveriam o tempo todo em um mundo online à parte, controlado pela sua companhia e invisível para os buscadores.

Como o pessoal de Mountain View quer que o Google+ dê certo de qualquer maneira, a ordem é conseguir uma quantidade recorde de cadastrados. Quando você cria uma conta do Google, por exemplo, acaba criando também um perfil na rede social. Existem anúncios em vários dos produtos da empresa que tentam convencer as pessoas a se cadastrarem lá. O que os 90 milhões mostram é que essa parte do plano tem dado certo.

Mas os números escondem outro dado muito importante. Desses 90 milhões, quantos são usuários realmente ativos? Provavelmente uma parcela muitas vezes menor. Em qualquer rede social, o importante não é apenas reunir uma grande quantidade de pessoas, mas o engajamento. Se todo mundo se cadastra e ninguém interage, não há motivo para festa. Ainda falta muito para o Google+ decolar. Se isso acontecer, vai ser na marra.

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