Tecnologia

Na esteira da Apple, Xiaomi pode produzir seus próprios processadores

Empresa chinesa está estudando uma parceria com a MediaTek para a fabricação de chips personalizados

Xiaomi: (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

Xiaomi: (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

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Rodrigo Loureiro

Publicado em 30 de junho de 2020 às 19h00.

Depois da Apple anunciar o fim da parceria com a Intel para a produção de seus próprios processadores para os computadores da marca, agora é a vez da Xiaomi ser apontada como a próxima a empresa a querer ter seus próprios chips. Neste caso, porém, os componentes serão voltados para smartphones.

Por ora tudo ainda não passa de um rumor e a informação foi ventilada na rede social chinesa Weibo pelo perfil Digital Chat Station, conhecido por antecipar novidades de empresas do país, conforme reportado pelo GizmoChina. A ideia é de que as duas companhias se juntem para a fabricação de um processador exclusivo para a Xiaomi.

É preciso lembrar ainda que, fora do contexto da parceria com a MediaTek, a gigante chinesa já anunciou planos para ter seu próprio processador. A empresa lançou em 2017 o chip Surge S1, baseado em arquitetura ARM. O projeto ainda é guardado sob sigilo.

Esse movimento não seria algo tão surpreendente no mercado de celulares, já que competidoras como Apple, Samsung e Huawei também seguem nesta direção. A boa notícia, principalmente para os aparelhos que utilizam o sistema operacional Android, é que isso permite o desenvolvimento de celulares com características próprias mais marcantes.

Por outro lado, é uma notícia ruim para a Qualcomm. A fabricante americana já havia perdido o cliente chinês para a rival MediaTek com o lançamento de seus dois últimos smartphones. Os modelos Redmi Note 8 e Redmi 10X estão equipados com os chips HelioG90T e Dimensity 820 respectivamente.

A justificativa para a troca de parceira comercial seria um aumento no preço dos chips fornecidos pela Qualcomm. É possível também que a guerra comercial entre Estados Unidos e China tenha pesado na decisão de optar por uma fornecedora asiática. A MediaTek, no caso, tem sede em Taiwan.

Sem confirmações oficiais, não há previsão de quais serão os smartphones da Xiaomi que contarão com chips exclusivos desta parceria.

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