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Usuários brasileiros do Skype já podem ter número de telefone

Maior empresa de telefonia virtual do mundo fecha acordo com operadora Transit Telecom

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2011 às 13h50.

A Skype, empresa de software que popularizou as ligações telefônicas via internet, acaba de fechar seu primeiro negócio no Brasil. O produto escolhido foi o SkypeIn, que permite ao usuário receber chamadas em seu computador de qualquer aparelho telefônico, seja fixo ou móvel.

Apesar de ser a detentora da marca e do software, na prática a Skype não será a provedora do serviço, já que não tem concessão para isso. Quem está por trás de toda a tecnologia é a Transit Telecom, empresa de telefonia fixa que nasceu como "espelhinho" e hoje tem 55 000 clientes nas regiões Sul e Sudeste. Seu faturamento é de 90 milhões de reais.

Com o acordo, os assinantes do serviço SkypeIn terão um número de telefone tradicional. Esse número poderá ser contatado de qualquer telefone -- mas funcionará no computador, ou seja, as ligações serão atendidas usando o software Skype. Uma das vantagens, segundo Geoffre Prentice, um dos fundadores do Skype, é que pequenas empresas poderão ter números de telefone em diversas cidades, sem ter a necessidade de uma presença local.

O Brasil, que está entre os cinco maiores usuários do Skype no mundo, passa a ser o primeiro mercado da América Latina a oferecer o SkypeIn. "Nós não escolhemos o Brasil. O crescimento do mercado aqui era tão grande, temos tantos clientes no país que não havia como não trazer logo o serviço para cá", disse Prentice, durante o lançamento do novo produto, em São Paulo.

Ao contrário das ligações entre computadores, sempre gratuita, no caso do SkypeIn o serviço é cobrado. O cliente paga uma assinatura de 30 reais, válida por três meses, ou 90 reais por um ano. Não há limite para o número de chamadas recebidas. No lançamento, quem aderir ao pacote terá direito a caixa postal gratuita por três meses. Na estréia, dez cidades serão atendidas, entre elas São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

A Transit e a Skype não pretendem investir em campanhas publicitárias para apresentar o serviço aos brasileiros. A idéia é que o velho boca-a-boca faça esse trabalho. "Foi assim que chegamos aonde estamos hoje", diz Prentice. A Skype tem hoje 75 milhões de usuários cadastrados no mundo.


A idéia é de que o SkypeIn não roube clientes da telefonia tradicional. "É apenas um novo negócio", diz o vice-presidente de marketing da Transit, Alexandre César Alves. Para receber ligações via SkypeIn, o usuário precisa estar conectado à internet (com banda larga). Alves não acredita que isso será um empecilho para a popularização do SkypIn. "Muitas pessoas, como eu, por exemplo, hoje estão praticamente o tempo inteiro conectadas", diz. A Transit não revelou como a receita entre as duas companhias será dividida com a Skype.

De camiseta, sem gravata, e óculos levemente escuros, Geoffrey Prentice parece não estar preocupado com o estrago que sua empresa vem causando na receita das grandes operadoras. "A culpa não é do Skype, e sim de um conjunto de fatores ligados à tecnologia, como a internet e a banda larga", diz Prentice.

Em sua opinião, a grande ameaça à telefonia fixa hoje é a telefonia móvel. "Mas eles não vão reclamar disso, pois muitas empresas têm operações nos dois segmentos", diz o executivo, de 31 anos.

Descontraído, Prentice disse que sempre se sentiu intrigado com o fato de o Brasil aparecer na lista dos cinco maiores usuários Skype, desde a criação da empresa, há dois anos e meio. "Acredito que tenha a ver com o senso de comunidade do brasileiro", diz

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