EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h17.
Apesar da mobilização de diversos países, como Brasil, China e Arábia Saudita, os Estados Unidos conseguiram uma importante vitória durante a Cúpula Mundial da Sociedade da Informação, realizada nesta semana na Tunísia. O controle dos domínios da internet (expressas pelas extensões dos sites, como ".com" e ".org"), endereços nacionais (como extensões do tipo ".br" para o Brasil e ".fr" para a França), e o número dos roteadores continuarão sendo controlados pela Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (Icann), uma organização privada que mantém um contrato com o Departamento de Comércio americano.
A Icann possui um conselho diretor composto por representantes de mais de uma dezena de países, como China e Brasil. Segundo a revista britânica The Economist, esse conselho apresenta, contudo, pouco poder de decisão. Por isso, diversas nações passaram a reivindicar a criação de um novo órgão internacional para controlar a internet. A manobra, porém, foi neutralizada pelos Estados Unidos, que fizeram apenas uma concessão durante o encontro da Tunísia: o país aceitou a criação de um fórum mundial para discutir temas ligados à internet.
Para o americano The Wall Street Journal, trata-se de uma importante vitória para a Icann. Muitos críticos, como Henry Harteveldt, analista do instituto de pesquisa Forrester Research, acusam a Icann de se preocupar mais com o seu faturamento que com a supervisão da rede. Para Harteveldt, a aprovação de novos domínios, como o ".info", servem apenas para que as empresas sejam forçadas a comprá-los, a fim de proteger suas marcas.