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Musk vs. Twitter: batalha judicial começa nesta terça-feira

O Tribunal de Delaware inicia debate para decidir se Musk foi irresponsável ao não assumir as intempéries econômicas ao redor de um negócio de US$ 44 bilhões

No ringue jurídico: empresa pede julgamento em setembro para garantir que o financiamento do acordo permaneça em vigor (LightRocket/Getty Images)

No ringue jurídico: empresa pede julgamento em setembro para garantir que o financiamento do acordo permaneça em vigor (LightRocket/Getty Images)

Elon Musk cometeu erros e precisa assumi-los. É o que o Twitter quer provar na batalha jurídica que começa nesta terça-feira, 19, em Delaware, nos EUA. 

O acordo de compra de US$ 44 bilhões entre o homem mais rico do mundo e o Twitter prevê, em caso de desistência, a parte que quebrasse o acordo pagaria uma multa de rescisão de US$ 1 bilhão, sob certas circunstâncias. Musk diz que esse filho não é dele.

Os advogados do Twitter querem celeridade no processo e pedem que o julgamento sem júri ocorra no dia 19 de setembro. Eles alegam que precisam de apenas quatro dias para narrar à corte as cenas de irresponsabilidades de Musk e que colocaram a empresa em um caos absoluto dentro de poucos meses. 

Para começar, o bilionário fez um lance 54% acima do valor de mercado do Twitter e elevou o status da empresa nos mercados globais. 

Se reuniu com funcionários da companhia, prometeu mudanças no site e teve rusgas com o presidente da empresa Parag Agrawal.

No entanto, no mesmo momento o mundo mudava e Musk se deu conta do pulo maior que a perna. Houve alta de juros nos EUA, e o acesso fácil a capital secou. 

Além disso, as ações da Tesla, garantia do empréstimo que financiaria a compra do Twitter, desabaram em comparação com seu pico de meses atrás. 

Para o magnata, restou recuar com a alegação de que o Twitter não apresentou dados necessários para a compra, incluindo um balanço do número de contas falsas e robôs na plataforma.

Musk foge tanto da negociata que, na segunda-feira, 18, o Twitter o acusou de tentar "desacelerar" o julgamento. O bilionário estaria usando táticas de atraso para prejudicar a empresa no tribunal da opinião pública, disse o jornal norte-americano CNBC. 

“A data mais cedo possível para o julgamento é imperativa”, disseram os advogados da rede social. “Essa disputa muito pública prejudica o Twitter a cada dia que Musk viola. Musk amplifica esse dano usando a própria plataforma da empresa como um megafone para menosprezá-la”.

Nesta terça-feira talvez fique um pouco mais claro sobre quem está certo. Que o primeiro round comece.

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