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Motorola lança smartphone para brigar com Apple e Samsung

Fabricante lança um novo smartphone com recursos avançados para competir o iPhone e o Galaxy S20 mesmo em meio à pandemia de coronavírus

Motorola é a segunda empresa que mais vende smartphones no Brasil

Motorola é a segunda empresa que mais vende smartphones no Brasil

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2020 às 06h15.

Última atualização em 22 de abril de 2020 às 15h34.

A fabricante Motorola volta nesta quarta-feira ao segmento de smartphones topo de linha com o lançamento de um novo dispositivo chamado Motorola Edge. Com sistema operacional Android e um hardware avançado, o novo aparelho chega para rivalizar com o iPhone 11 Pro, da Apple, e com o Galaxy S20, da Samsung.

A nova linha de celulares da Motorola tem dois integrantes chamados Motorola Edge e Motorola Edge+. Os dispositivos têm sistema operacional Android, processador octa-core da Qualcomm de última geração e câmera traseira tripla.

Os dois celulares nossos celulares da Motorola são compatíveis com a rede móvel 5G, que pode ser utilizada em países como Estados Unidos, China e Coreia do Sul, mas que ainda não está disponível no Brasil.

As telas dos dispositivos têm tamanho de 6,7 polegadas com curvatura nas laterais, assim como acontece no concorrente Galaxy S20, da sul-coreana Samsung.

O modelo Edge+ é o mais sofisticado. Ele tem bateria com capacidade de 5.000 mAh que a fabricante diz ter até dois dias de autonomia com uma única carga. A câmera tripla pode tirar fotos de até 108 megapixels de resolução. Com ela, é possível capturar retratos com a câmera telefoto, imagens muito próximas (lente macro) ou abertas como as de uma GoPro, com ângulo de captura médio de 120 graus. O processador do aparelho é um Snapdragon 865. Completam o conjunto a memória de 256 GB e a RAM de 12 GB.

O Motorola Edge é um pouco mais simples. Ele tem bateria de 4.500 mAh; câmera tripla que captura imagens de até 64 megapixels; 6 GB de RAM; 128 GB de memória; e processador Snapdragon 765, que pertence a uma linha de chips de menor performance do que os da família 800 da Qualcomm. A Motorola informa que a autonomia de bateria estimada do produto também é de dois dias.

A Motorola é a segunda empresa que mais vende smartphones no Brasil, atrás apenas da sul-coreana Samsung. Mas os aparelhos da Motorola se concentram num segmento de dispositivos intermediários-avançados. É uma categoria em que os telefones custam entre 1.000 e 2.000 reais. Com o novo Motorola Edgde, o plano é brigar pelo mercado de smartphones mais avançados – e mais caros –, que têm uma margem de lucro maior.

Comprada em 2014 pela chinesa Lenovo, a Motorola deixou de competir no segmento topo de linha no Brasil em 2017. Naquele ano, a empresa lançou seu último produto da categoria no país, o Moto Z2 Force, que tinha uma tela ultra resistente que não quebrava. Outros aparelhos avançados lançados posteriormente não chegaram ao Brasil, como foi o caso do Moto Z3, de 2018.

O novo celular da Motorola chega num momento em que a pandemia do novo coronavírus tende a causar uma queda nas vendas de produtos eletrônicos no mundo, devido à redução do consumo. Na semana passada, a Apple foi na contramão da Motorola e lançou um novo modelo do iPhone com preço menor.

A crise da covid-19 veio num momento em que a Motorola vinha conquistando resultados positivos. Nos últimos três meses de 2019, a unidade de dispositivos móveis da Lenovo, que engloba a Motorola, registrou lucro pelo quinto trimestre consecutivo, depois de anos no prejuízo. Na América Latina, as vendas da Motorola cresceram 19 pontos percentuais acima da média do mercado.

No começo deste ano, a Motorola apresentou o Motorola Razr, o primeiro smartphone com tela dobrável, inspirado no aparelho de flip lançado nos anos 2000, que foi o mais vendido da história da empresa até a chegada do Moto G, em 2013.

Liderada pelo brasileiro Sergio Buniac, a Motorola voltou a ter lucro após dez anos de prejuízo. Em entrevista à EXAME, em novembro, Buniac falou que a redução de custos, o foco nos países em que a Motorola já era forte e a adoção de um cronograma acelerado de lançamentos foram as estratégias responsáveis pelo bom resultado. A fabricante tem apresentado de cinco a seis modelos de smartphones por ano, buscando ocupar diversas faixas de preço abaixo dos 2.000 reais no Brasil.

Com a crise global causada pelo novo coronavírus, a Motorola volta ao segmento de smartphones caros em um momento delicado da economia, e precisará contar com o otimismo dos consumidores para que a empreitada seja bem-sucedida em 2020.

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