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Motorola deve trazer Razr V3 de volta com preço astronômico

Modelo icônico do começo dos anos 2000 deve voltar ao mercado como um smartphone de tela dobrável de 1.500 dólares

 (OptoScalpel/Wikimedia Commons)

(OptoScalpel/Wikimedia Commons)

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Gustavo Gusmão

Publicado em 16 de janeiro de 2019 às 16h14.

Última atualização em 16 de janeiro de 2019 às 16h36.

São Paulo — O icônico Motorola Razr V3 deve voltar à vida até fevereiro. É isso, pelo menos, que indica uma reportagem do The Wall Street Journal, que ouviu a informação de fontes próximas ao assunto. Segundo elas, a ideia da Lenovo, dona da marca, é estampar o nome em um smartphone com tela dobrável e começar a vendê-lo em fevereiro. O preço? "Módicos" 1.500 dólares, quase 5.600 reais na conversão direta.

Fora o alto valor e a possível data de lançamento, não há muito mais detalhes sobre o novo V3. O que se sabe pelas fontes é que poucas unidades do aparelho deverão ser fabricadas — cerca de 200 mil — e que elas todas serão vendidas nos EUA exclusivamente pela Verizon. Especula-se também que o modelo tenha configurações de topo de linha e, assim como outros celulares da Motorola, venha com Android instalado.

O Razr V3 original foi lançado em 2004 e virou um ícone, ocupando o posto de celular mais vendido da marca até ser desbancado pelo Moto G. Seu reinado nos bolsos dos consumidores durou pouco, no entanto: em 2007, a Apple apresentou o primeiro iPhone, fazendo com que as telas sensíveis ao toque aos poucos roubassem todos os holofotes.

Ainda assim, apostar no saudosismo despertado pelo nome icônico pode render alguns bons resultados para a Motorola, mesmo que só para sua imagem. Basta ver a repercussão que a finlandesa Nokia conseguiu ao relançar os clássicos 3310 e 8110, que contavam apenas com um visual repaginado, sem recursos mais modernos.

Caso o lançamento se confirme, a Motorola será mais uma empresa a entrar na onda de telas dobráveis, uma tendência que ainda engatinha no mercado. No ano passado, tivemos dois anúncios nesse campo: um da gigante sul-coreana Samsung, no começo de novembro, e outro da pequena chinesa Royole, o Flexpai, revelado em outubro.

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