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Da Redação
Publicado em 15 de fevereiro de 2013 às 17h27.
Os técnicos da Motorola no Brasil venceram os colegas da China, Rússia e Índia na disputa pelo centro mundial de verificação e integração de softwares para celular. "Não se trata apenas de aplicar uma bateria de testes, mas desenvolver ferramentas para automatizar testes para o mundo todo", afirma Luis Carlos Cornetta, diretor-geral da Motorola para Brasil e Cone Sul. A empresa orçou um investimento de 20 milhões de dólares que será alocado até o final do primeiro trimestre de 2006 especialmente em contratação e treinamento de pessoal. O quadro do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Terminais Celulares localizado em Jaguariúna, no interior de São Paulo, será ampliado com mais 100 contratações até a primeira metade de 2006. Ao todo, 250 profissionais vão trabalhar exclusivamente no projeto.
Segundo Roberto Soyboll, diretor de desenvolvimento para a América Latina, a decisão da Motorola comprova que o Brasil "tem potencial, é viável e competitivo no desenvolvimento de P&D [pesquisa e desenvolvimento]". O Brasil já é a referência mundial da companhia no desenvolvimento de aplicativos de mensagens, e agora, explica Rosana Fernandes, diretora de P&D, vai juntar partes elaboradas em outros países e certificar-se de que todas interagem corretamente. "O país foi selecionado justamente por sua competência em ferramentas e messaging", afirma. Dez a 12 centros em todo o mundo aplicavam os testes que serão agora centralizados no Brazil Test Center, em Jaguariúna. Com o projeto do centro mundial de testes, a Motorola acumula desde 1997 investimentos de 195 milhões de dólares em P&D no Brasil.
De acordo com Enrique Ussher, vice-presidente de Produtos de Comunicação Pessoal da Motorola, a empresa mantém 30% a 33% de participação de mercado no Brasil (leia reportagem de EXAME sobre o tamanho do mercado brasileiro), com um avanço no faturamento este ano de 70% sobre 2003. Com o "crescimento assutador" do mercado interno e a retomada argentina, Cornetta explica que as exportações caíram para 326 milhões de dólares entre janeiro e outubro deste ano, ante 434 milhões em mesmo período do ano passado - um recuo de quase 25%.