Moto X Play Foto
Da Redação
Publicado em 17 de setembro de 2015 às 18h45.
O Moto X foi o primeiro smartphone lançado pela Motorola após a aquisição do Google. A primeira versão do aparelho chegou com o que era uma novidade muito atraente para quem usa comandos de voz: um assistente pessoal sempre ativo, o Google Now. Agora, com a empresa nas mãos da Lenovo, o Moto X foi dividido em dois: temos o Moto X Play, mais básico, e o Moto X Style, que tem configuração melhor. Neste review, falaremos sobre as impressões do INFOlab quanto ao Moto X Play, um smartphone que se posiciona no topo do segmento de intermediários, dessa forma, batendo de frente com o Zenfone 2, da Asus, e com o Xperia M4 Aqua, da Sony.
O visual foi o que mais mudou no Moto X Play. Sua traseira agora é de plástico e é removível (apesar da bateria ser fixa). O único intuito disso é a personalização, já que as chamadas Moto Shells (as capinhas da Motorola que, antes, eram exclusivas do Moto G) chegaram ao aparelho. No Moto Maker, um espaço no site da Motorola, você pode escolher a cor do smartphone e comprar capinhas adicionais. Outra mudança visual é a medalha da marca, que agora aparece em uma chapa cilíndrica de metal que une a câmera com o logotipo da empresa.
A ergonomia do aparelho não mudou muito em relação à versão anterior. Isso é um ponto positivo, já que a tela cresceu e agora tem 5,5 polegadas (com resolução Full HD). Claro que não dá para tocar em todos os pontos da tela se você segurar o smartphone com uma mão só, mas a experiência de ter o Moto X Play em mãos não é desconfortável como a que temos com o Zenfone 6 ou com iPhone 6 Plus. O tamanho do Moto X Play parece ser o ideal, especialmente porque ele não é espesso como o Moto Maxx.
A tela do dispositivo mudou. Não temos mais um painel Amoled, em que o contraste é melhor e a longevidade dos pixels é menor. Em vez disso, temos um LCD IPS retroiluminado por LEDs. Essa tecnologia de display está mais amadurecida no mercado e, por tanto, utilizá-la é uma forma da Motorola manter seus lucros, mesmo tendo mantindo o preço do Moto X Play em 1 500 reais.
Algo interessante de se notar é que o slot para cartão microSD e para dois chips de operadoras é um componente só, que fica na parte superior do aparelho.
A experiência de uso com o Moto X Play foi agradável. Não tivemos problemas de performance por falta de potência em um uso diário, ou seja, respondendo e-mails, postando em redes sociais, ouvindo músicas, vendo vídeos ou jogando games casuais.
Um ponto que deixou a desejar foi o assistente pessoal, o Google Now. Em teoria, ele funciona como os demais Moto X e Moto Maxx. Só que na prática, o software não funcionou corretamente, sendo necessário dar o mesmo comando diversas vezes. Em alguns momentos, por exemplo, ele chegou a abrir o YouTube quando demos o comando "mandar um e-mail". Ao menos, ele tentou ser eficaz, pesquisando o termo "email" no YouTube.
Diferentemente do seu antecessor, o Moto X Play não tem os sensores na sua parte frontal que permitem a ativação do Moto Display somente passando a mão sobre o aparelho. Sendo assim, a tela só é ativada quando movemos o celular de alguma maneira, do mesmo jeito que acontecia com o Moto X de 2013. Ou seja, nada de brincar de jedi para ver o horário com este smartphone.
Aqui é o ponto em que fica evidente que o Moto X Play é mais fraco do que o Moto X de segunda geração. Dessa forma, ele posiciona como uma versão de (relativo) baixo custo do Moto X Style, que é consideravelmente mais potente. Este produto tem processador Qualcomm Snapdragon 615 octa-core (uma CPU quad-core de 1,7 GHz e outra quad-core de 1,0 GHz) , o mesmo que equipa o Xperia M4 Aqua, da Sony, que é vendido pelo mesmo preço.
Assim como o concorrente, o Moto X Play tem 2 GB de RAM. Por outro lado, ele vem com 32 GB enquanto a opção da Sony vem com 16 GB de armazenamento interno (ambos os aparelhos têm entradas para cartões microSD de até 128 GB).
Para games, o Moto X Play não é indicado somente se você se importar com pequenas perdas de framerate. Dá para jogar games que exigem processamento gráfico pesado sem engasgos que prejudicam a jogabilidade.
O Android quase puro usado pela Motorola mostrou ser mais leve do que a personalização de interface da Sony no M4 Aqua e isso também se reflete nos benchmarks.
AnTuTu (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
Moto X Play | 37103 |
Zenfone 2 | 47789 |
M4 Aqua | 31620 |
Vellamo (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
Moto X Play | 2380 |
Zenfone 2 | 3145 |
M4 Aqua | 2284 |
3D Mark (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
Moto X Play | 7856 |
Zenfone 2 | 19909 |
M4 Aqua | 6836 |
Geekbench (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
Moto X Play | 2644 |
Zenfone 2 | 2850 |
M4 Aqua | 2125 |
Basemark OS 2 (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
Moto X Play | 835 |
Zenfone 2 | 1242 |
M4 Aqua | 791 |
GFXbench 3.0 (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
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Moto X Play | 5.7 |
Zenfone 2 | 13 |
M4 Aqua | 5.9 |
O sistema Android Lollipop da Motorola é o mesmo visto no Moto E e no Moto G lançados neste ano. Ou seja, há poucos apps instalados, somente o Migração, o Assist e o Alerta.
A bateria do Moto X Play é extremamente duradoura. Nenhum smartphone concorrente conseguiu atingir uma duração de bateria tão longa quanto este segundo testes do INFOlab. Foram 13 horas e 20 minutos, deixando para trás o recordista anterior dessa categoria, o Moto Maxx (12h24).
A câmera é o ponto em que o Moto X Play se destaca dos concorrentes Zenfone 2 e M4 Aqua pela definição das fotografias que ela pode gerar. Sob condições boas de iluminação, o smartphone pode capturar imagens muito superiores às de seu antecessor. O sensor de 21 MP da câmera principal é o responsável por isso. O flash LED dual-tone, antes visto no Moto Maxx, também equipa o Moto X Play.
No entanto, o Moto X Play não conta com recursos de software como o M4 Aqua. Ele é bastante simples, nada de efeitos nem modos de foto pré-configurados. Ao menos, o HDR está presente.
Os vídeos gravados com esse novo smartphone da Motorola têm resolução máxima de 1080p (Full HD).
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=15WKY6t8g48%5D
A câmera dianteira do Moto X Play é um sinal de mudança dos tempos. O que antes era um componente somente dedicado a videochamadas, agora passa a ser importante para as fotos tiradas por grupos de amigos. A Motorola notou essa mudança de comportamento dos consumidores de smartphones e colocou uma câmera de 5 MP na frente desse aparelho. A definição de imagem é bem melhor do que a vimos no Moto X de segunda geração, que tinha 2 MP. O ângulo de captura também é mais amplo, o que facilita no momento de enquadrar quatro ou cinco pessoas.
O Moto X Play é um smartphone que não tem apelo pela potência, mas pela longa duração de bateria e pelo conjunto de câmeras que não deixa o usuário na mão. Ou seja, quem tem 1 500 reais para gastar e se importa com esses dois itens e gosta de um sistema Android essencialmente puro, certamente fará uma boa compra escolhendo o Moto X Play
Sistema | Android 5.0 Lollipop |
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Processador | Snapdragon 615 |
CPU | Quad-core 1.7 GHz Cortex-A53 e quad-core 1.0 GHz Cortex-A53 |
GPU | Adreno 405 |
Armazenamento | 32 GB + microSD de até 128 GB |
Tela | 5,5 polegadas |
Conexões | 4G, Bluetooth 4.0, A-GPS, GLONASS, Wi-Fi Padrão N |
Peso | 166 g |
Bateria | 13h20 |
Prós | Bateria duradoura; Câmeras de boa qualidade; Android essencialmente puro |
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Contras | Google Now deveria funcionar melhor |
Conclusão | Ótimo smartphone para quem quer bateria e câmera boas. Em termos de potência, ele perde para o Zenfone 2 |
Configuração | 8.0 |
Usabilidade | 8.8 |
Foto | 8.2 |
Bateria | 10 |
Design | 8.0 |
Média | 8.5 |
Preço | R$ 1.500 |