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Moedas virtuais adotam regras contra lavagem de dinheiro

Dinheiro virtual é uma moeda eletrônica que pode ser utilizada entre indivíduos sem o uso de sistemas bancários ou de transferência de dinheiro tradicionais


	Moeda virtual: na semana passada, autoridades na Espanha, Costa Rica e Nova York prenderam cinco pessoas na empresa de moeda digital Liberty Reserve, incluindo seu fundador Arthur Budovsky
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Moeda virtual: na semana passada, autoridades na Espanha, Costa Rica e Nova York prenderam cinco pessoas na empresa de moeda digital Liberty Reserve, incluindo seu fundador Arthur Budovsky (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2013 às 17h50.

Nova York - Os tempos são desafiadores para empresas que promovem moedas digitais e investidores de risco que as apoiam.

Na semana passada, autoridades na Espanha, Costa Rica e Nova York prenderam cinco pessoas na empresa de moeda digital Liberty Reserve, incluindo seu fundador Arthur Budovsky. As autoridades ainda confiscaram contas bancárias e endereços de Internet.

A operação foi mais um alerta para os envolvidos nos mercados de moedas digitais, como a mais conhecida Bitcoin, de que precisam cumprir as regras contra lavagem de dinheiro ou enfrentar as consequências.

As empresas do setor já tinham sido avisadas, sendo o primeiro alerta emitido em abril de 2012 pelo FBI, que explicou como a Bitcoin estava sendo usada por criminosos para transferirem dinheiro secretamente pelo mundo. Em março deste ano, foi a vez do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos de fazer um alerta.

O braço contra lavagem de dinheiro do Tesouro norte-americano, o Financial Crimes and Enforcement Network (FinCEN), afirmou que as empresas de dinheiro virtual precisam se adequar às mesmas regras de outras instituições financeiras, incluindo monitoramento de clientes e informação ao governo sobre atividades suspeitas.

Enquanto os reguladores apertam o cerco, os negócios montados em torno de moedas digitais estão tentando satisfazer os novos requisitos de monitoramento, sem deixar que o entusiasmo do público se esvaia.

"Acho que todo o ecossistema está amadurecendo muito rapidamente e temos companhias jovens que estão apenas começando a entender como navegar pelas questões regulatórias", disse David A. Johnston.

O executivo é co-fundador e diretor da BitAngels, uma empresa que apenas na semana passada afirmou que levantou 6,7 milhões de dólares para financiar companhias iniciantes vinculadas à Bitcoin.

Dinheiro virtual é uma moeda eletrônica que pode ser utilizada entre indivíduos sem o uso de sistemas bancários ou de transferência de dinheiro tradicionais.


Diferentes moedas estão organizadas de diferentes maneiras. Algumas, como a "LR", da Liberty Reserve, usa unidades de valor que são vinculadas a uma moeda física existente, como o dólar. Em contraste, o valor da Bitcoin, moeda virtual mais conhecida, flutua de acordo com relações de oferta e demanda.

A Bitcoin, que tem sido adotada por uma série investidores de capital de risco no Vale do Silício, existe por meio de um programa de código aberto que qualquer usuário com conhecimento técnico e poder de processamento de dados suficientes pode acessar. A moeda não é administrada por uma empresa ou governo.

Os usuários podem comprar bitcoins por meio de taxas de câmbio que convertem dinheiro real na moeda virtual.

A Liberty Reserve, que foi fechada na semana passada, era uma empresa que, segundo promotores norte-americanos, criou uma plataforma que permitiu quadrilhas de criminosos lavarem mais de 6 bilhões de dólares.

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