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MIT e Harvard preparam máscara que se acende quando detecta covid-19

A máscara, segundo pesquisadores, poderá detectar o coronavírus em até 3 horas de uso

Máscaras: Harvard e MIT testam maneira rápida de diagnóstico de coronavírus (Justin Chin/Bloomberg via Getty Images/Getty Images)

Máscaras: Harvard e MIT testam maneira rápida de diagnóstico de coronavírus (Justin Chin/Bloomberg via Getty Images/Getty Images)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 13 de maio de 2020 às 17h11.

Última atualização em 16 de maio de 2020 às 22h19.

Pesquisadores da Universidade Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) estão desenvolvendo uma máscara de proteção que será capaz de detectar se a pessoa está infectada com o novo coronavírus. Sempre que o indíviduo tossir, espirrar ou respirar, uma luz fluorescente se acenderá. Para os cientistas, isso poderá ajudar a sanar o problema da falta de testes, recorrente em muitos países, uma vez que os doutores podem colocar a máscara nos pacientes e descobrir rapidamente, sem precisar levar os exames a um laboratório, se eles têm ou não a covid-19.

A tecnologia será adaptada de um teste feito em 2014 pelo MIT, quando cientistas começaram a desenvolver sensores que poderiam detectar o vírus do ebola uma vez congelado em papel. O laboratório das universidades, em 2018, já era capaz de detectar sars, sarampo, influenza, hepatite C, entre outras doenças, com a ajuda dos sensores.

"A máscara poderá ser usada até em aeroportos, quando passamos pela segurança, ou enquanto esperamos para entrar em um avião. Nós poderemos usá-la para ir trabalhar. Hospitais poderão usar para pessoas em salas de espera ou para avaliar quem está infectado", afirmou Jim Collins, do MIT, ao site americano Business Insider.

Segundo Collins, o projeto ainda está "no começo", mas mostrou resultados promissores e, nas últimas semanas, ele e o time de pesquisadores vêm testando o objeto para ser capaz de detectar o coronavírus em pequenas amostras de saliva. A expectativa deles é provar que a teoria funciona também na prática já nas "próximas semanas".

Os sensores para a identificação precisam de duas coisas para ser ativados: a primeira delas é a umidade, adquirida através da saliva, por exemplo; a segunda é dectectar a sequência genética do vírus. A umidade, então, é congelada no tecido da máscara e pode ficar estável em temperatura ambiente por meses.

Em janeiro, um laboratório em Xangai conseguiu sequenciar o genoma do coronavírus. É com base nisso que a máscara será construída e, uma vez utilizada, poderá detectar a covid-19 de 1 a 3 horas após o uso. Atualmente, o resultado dos testes comuns sai em 24 horas — ou mais.

As máscaras podem ser também uma alternativa aos termômetros, uma vez que eles não conseguem identificar pacientes assintomáticos.

Para que as máscaras atendam à demanda de usuários durante a pandemia da covid-19, seria necessário que elas fossem de baixo custo e pudessem ser produzidas e distribuídas em massa rapidamente. No entanto, essas abordagens de negócio ainda estão distantes porque as máscaras estão em fase de testes.

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