Genereal (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h28.
Washington - O alto oficial militar dos EUA na quinta-feira rejeitou comparações entre a espionagem chinesa e americana no espaço cibernético, dizendo que todos os países recolhem inteligência sobre potenciais adversários, mas que o "nicho" problemático do Pequim é roubo de propriedade intelectual.
O general do Exército Martin Dempsey, presidente do Joint Chiefs of Staff, disse também que o governo dos EUA está perto de completar uma atualização de suas regras de engajamento no espaço cibernético e que os americanos precisam entender que um ataque cibernético pode desencadear uma resposta militar no mundo real.
"Todas as nações sobre a face do planeta sempre realizaram operações de inteligência em todos os domínios", Dempsey disse a uma platéia no Brookings Institution, depois que foi perguntado sobre vazamento de dados de inteligência mostrando que a Agência Nacional de Segurança (NSA) teve como alvo instituições chinesas para espionagem.
Ele rejeitou insinuações de que os vazamentos feitos pelo contratante da NSA, Edward Snowden, demonstrem hipocrisia da parte dos Estados Unidos, que tem sido fortemente crítico em relação à iniciativas de espionagem chinesa em redes de computadores comerciais e do governo dos EUA.
"O nicho particular da China tem sido roubo e propriedade intelectual", disse Dempsey. "Tive conversas sobre isso com eles. A visão deles é que não há regras no cyberespaço, não há nada, não há leis que estejam violando, não há padrões para comportamento".