Tecnologia

Microsoft reunifica equipes de engenharia do Windows após sete anos de divisão

Reestruturação coloca Pavan Davuluri no comando de todo o núcleo do sistema, em meio à estratégia de integrar recursos de inteligência artificial

A fragmentação do Windows começou em 2018, quando o então chefe da plataforma, Terry Myerson, deixou a companhia (Oliver Berg/Getty Images)

A fragmentação do Windows começou em 2018, quando o então chefe da plataforma, Terry Myerson, deixou a companhia (Oliver Berg/Getty Images)

Publicado em 30 de setembro de 2025 às 10h34.

A Microsoft está promovendo uma reestruturação no time do Windows que reunifica as principais equipes de engenharia do sistema operacional sob uma única liderança. A mudança é a primeira grande reorganização desde que Pavan Davuluri foi promovido a presidente de Windows e dispositivos, em meados de setembro.

Com a decisão, áreas como Core OS, Data Intelligence, Segurança e Sistemas de Engenharia passam a responder diretamente a Davuluri. Antes, parte das funções de engenharia era compartilhada com a divisão Azure. “Reunir as equipes que trabalham com clientes e servidores Windows em uma única organização permite que nos concentremos em cumprir nossas prioridades”, escreveu o executivo em comunicado interno obtido pelo site The Verge.

A fragmentação do Windows começou em 2018, quando o então chefe da plataforma, Terry Myerson, deixou a companhia. Na época, o núcleo do sistema migrou para a Azure, enquanto as funções voltadas ao consumidor passaram para a equipe de Experiências e Dispositivos. Em 2020, sob Panos Panay, parte das operações retornou ao Windows, mas a separação se manteve.

Com a nova estrutura, a maior parte do desenvolvimento do Windows volta a estar concentrada em um único comando. Algumas funções de baixo nível, como armazenamento, redes e kernel, seguirão ligadas à Azure, mas em colaboração direta com a equipe de Davuluri.

Integração da inteligência artificial

Essa reorganização ocorre no momento em que a Microsoft acelera a integração de recursos de inteligência artificial ao seu sistema operacional. Davuluri afirma que a medida ajudará a “entregar a visão do Windows como um Agentic OS” – conceito que projeta um sistema mais agente e multimodal e que está associado também ao futuro Windows 12.

A centralização amplia também a responsabilidade de Davuluri justamente quando o Windows é reposicionado como peça-chave na estratégia de IA da Microsoft. Recentemente, a empresa criou o programa Windows AI Labs para testar recursos experimentais de IA no Windows 11, além de ter lançado ferramentas como o Copilot Vision e um assistente de configurações com suporte a IA.

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