Repórter
Publicado em 24 de abril de 2023 às 14h55.
Última atualização em 26 de abril de 2023 às 10h47.
A Microsoft deixará de forçar o Teams em clientes de seu popular software Office, em uma medida que visa impedir uma investigação antitruste oficial pelos reguladores da UE.
A concessão é um último ato após uma reclamação de 2020 do rival Slack, que pertence à Salesforce, que alegou que a prática da Microsoft de agrupar os dois serviços era anticompetitiva.
Apesar de parecer estratégica, trata-se da primeira vez em mais de uma década que a Microsoft se vê perante uma possível investigação antitruste.
Na última vez, em 2008, a UE acusou a Microsoft de alavancar sua posição dominante para forçar os usuários a baixar seu navegador Internet Explorer, agregando-o ao Windows às custas dos rivais.
A empresa fez um acordo com a comissão e ofereceu aos usuários uma escolha de navegadores, mas em 2013 a UE multou a empresa em € 561 milhões por não honrar a promessa.
Ainda não está claro se a oferta da gigante da tecnologia em relação ao pacote será suficiente para apaziguar as preocupações dos reguladores.
O Slack pediu às autoridades da UE que forçassem a Microsoft a vender o Teams separadamente de seu software Office.
Na época, David Schellhase, conselheiro geral do Slack, disse: “Estamos pedindo à UE que seja um árbitro neutro, examine os fatos e faça cumprir a lei”.
A reclamação de Slack surgiu quando a mudança para trabalhar em casa estava se acelerando. Uso de aplicativos como Teams e Slack explodiram durante a pandemia de coronavírus, criando uma oportunidade multibilionária e usuários como empresas cada vez mais usando ferramentas que permitiam o trabalho remoto.
A Microsoft aproveitou mais do que o momento momento.