Redação Exame
Publicado em 28 de janeiro de 2025 às 06h34.
A possível venda do TikTok, popular rede social de vídeos, gerou grande interesse em gigantes da tecnologia e investidores renomados, segundo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em entrevista, Trump afirmou que a Microsoft (MSFT) estaria em discussões sobre a compra e destacou que gostaria de ver uma verdadeira “guerra de lances” pelo aplicativo.
Donald Trump foi o primeiro a pressionar a ByteDance, empresa chinesa dona do TikTok, a vender suas operações nos EUA, citando preocupações de segurança nacional. A pressão foi retomada durante a administração Biden, e retirada por Trump um dia antes de ele assumir seu segundo mandato, resultando em um adiamento da proibição da plataforma por mais 75 dias.
As negociações do TikTok com a Microsoft não são inéditas. Em 2020, a ByteDance se aproximou da gigante de tecnologia como potencial compradora, mas acabou explorando outras opções, incluindo uma possível parceria com a Oracle. Mesmo assim, nenhum dos acordos foi concretizado.
Além da Microsoft, nomes como o bilionário Frank McCourt e o empresário Kevin O’Leary, conhecido pelo programa Shark Tank, surgem como potenciais interessados na aquisição. Jimmy Donaldson, mais conhecido como MrBeast, maior youtuber do mundo, também afirmou ter sido procurado por investidores interessados em sua participação na compra.
Com cerca de 170 milhões de usuários nos EUA, o TikTok é uma plataforma estratégica no mercado global. Trump enfatizou que a venda deve garantir a continuidade dos empregos e proteger dados sensíveis de possíveis influências chinesas. “Não queremos a China envolvida”, declarou.
Embora a Microsoft tenha preferido não comentar diretamente sobre as negociações, analistas avaliam que o desfecho pode definir novas dinâmicas de poder no setor tecnológico, com grandes implicações para a privacidade e a segurança dos dados. A decisão final sobre o destino do TikTok é esperada para os próximos 30 dias.