Tecnologia

Microsoft espera enterrar iPhone e Android

Para promover o Windows Phone 7, novo sistema operacional para celulares, empresa simulou o enterro do iPhone, da Apple

Estande permite a visitantes observarem o funcionamento do Windows Phone, sistema operacional da Microsoft para celulares

Estande permite a visitantes observarem o funcionamento do Windows Phone, sistema operacional da Microsoft para celulares

DR

Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2010 às 06h40.

Seattle, EUA - No mês passado, algumas centenas de funcionários da Microsoft promoveram um enterro simbólico para o iPhone na sede da companhia em Redmond, nos Estados Unidos.

A reunião bizarra, que se transformou em imitação do clipe Thriller, de Michael Jackson, marcou a conclusão do sistema operacional Windows Phone 7 e mostrou a intensidade do desejo da Microsoft em renascer no competitivo mercado de telefonia celular.

O novo sistema, que será publicamente revelado em 11 de outubro e deve estar presente em celulares que serão comercializados a partir de novembro, é a última chance da Microsoft, dizem alguns analistas, de alcançar a Apple e o Google, depois que a gigante do software perdeu espaço no setor nos últimos anos.

Um grupo de fabricantes de celulares, incluindo a Samsung e a HTC, deve lançar aparelhos baseados no novo sistema da Microsoft a tempo da temporada de comparas de fim de ano.

Mas analistas têm dúvidas se esses produtos serão bons o bastante para tornar o iPhone obsoleto.


"O produto não pode ser algo que todo mundo já tem no mercado", disse Bryan Keane, analista da Alpine Mutual Funds, que detém ações da Microsoft. "Agora, não é aparente que o Windows 7 vai ser melhor que qualquer coisa que está por aí, com exceção de, talvez, ter uma integração melhor com a plataforma Windows atual."

O próprio presidente-executivo da Microsoft, Steve Ballmer, admite que a companhia "perdeu uma geração" com o Windows Mobile, o último sistema operacional da companhia para celulares. Esse sistema acabou sendo superado pelas plataformas iPhone e Android, que passaram a equipar dispositivos com telas sensíveis a toque e capazes de executar novos aplicativos.

A Microsoft agora é a quarta maior fornecedora de sistema operacional para celulares inteligentes nos Estados Unidos, com uma participação de menos de 12 por cento, segundo a empresa de pesquisa de mercado comScore, atrás do BlackBerry, Apple e Google.

O estranho desaparecimento da Microsoft do mercado de celulares, e sua resposta atrasada à emergência de aparelhos como o tablet iPad, da Apple, tem pesado sobre as ações da companhia, que acumulam queda de 20 por cento este ano.


Protótipos

Protótipos de dispositivos equipados com o novo sistema da Microsoft, que têm sido demonstrados a funcionários da companhia nos últimos meses, parecem ter grande melhoria em relação à última versão do sistema. Eles possuem interface com tela sensível a toque semelhante à do player de música da companhia, Zune, e blocos que podem ser movidos e permitem o acesso a várias funções do aparelho.

Mas, numa primeira olhada, eles não parecem oferecer novas funções radicais que não estão em produtos rivais.

Dos três fabricantes de celulares que lançarão aparelhos com o novo sistema da Microsoft, Samsung, LG e HTC, todos já produzem celulares Android, o que pode ser um problema para a Microsoft.

"Teremos que ver quanto apoio de fornecedor (da Microsoft) esses aparelhos terão. Foi isso o que, em parte, motivou o sucesso do Android", disse Keane, da Alpine. "Mas agora o problemas deles é que já temos Android e iPhone e será que precisamos de um terceiro?".

Leia mais notícias sobre a Microsoft

Siga as notícias do site EXAME sobre Tecnologia no Twitter


Acompanhe tudo sobre:AndroidCelularesEmpresasEmpresas americanasempresas-de-tecnologiaGoogleIndústria eletroeletrônicaiPhoneMicrosoftSmartphonesTecnologia da informação

Mais de Tecnologia

10 frases de Steve Jobs para inspirar sua carreira e negócios

Adeus, iPhone de botão? WhatsApp vai parar de funcionar em alguns smartphones; veja lista

Galaxy S23 FE: quanto vale a pena na Black Friday?

iPhone 13: quanto vale a pena pagar na Black Friday 2024?