Windows 7: a companhia corre o risco de receber uma multa de até 10% de seu faturamento anual se a investigação apontar que houve infração (Oli Scarff/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2012 às 11h18.
Bruxelas - A Microsoft atribuiu nesta terça-feira a um erro técnico a falta de opções de navegadores para os usuários do Windows 7, que podem utilizar apenas o Internet Explorer, algo que vem sendo alvo de investigação por parte da Comissão Europeia.
"Demos passos imediatos para resolver este problema. Lamentamos profundamente que este erro tenha acontecido e pedimos desculpas por isso", declarou a Microsoft em comunicado divulgado em Bruxelas.
O vice-presidente da Comissão Europeia e responsável de Concorrência, Joaquín Almunia, anunciou nesta terça que abriu uma investigação para apontar se a empresa americana descumpriu o compromisso assumido em 2009 de colocar outros navegadores além do Internet Explorer à disposição dos usuários de seu sistema operacional Windows 7, comercializado desde fevereiro de 2011.
Almunia deixou claro que a companhia corre o risco de receber uma multa de até 10 % de seu faturamento anual se a investigação apontar que houve infração.
A Microsoft reconheceu nesta terça que "não cumpriu com sua responsabilidade" de programar a exibição de uma tela que informe aos clientes europeus sobre os diferentes navegadores que podem ser instalados do Windows 7 Service Pack 1.
"Devido a um erro técnico, não pudemos proporcionar o software da "tela de escolha de navegador" aos computadores que vinham com a atualização Service Pack 1 do Windows 7", esclareceu a empresa, que detalhou que tal software chegou corretamente aos computadores que tinham instalada a versão original do Windows 7 ou as versões atualizadas do Windows XP e Windows Vista.
Entre as medidas adotadas pela Microsoft, o primeiro passo foi desenvolver e testar uma solução de software que começou a ser distribuída imediatamente e colocada à disposição dos computadores afetados para que pudessem acessar a tela de escolha, uma operação que esperam fechar nesta semana.
Também vem sendo realizada uma investigação na qual foram entrevistados trabalhadores da empresa para tentar esclarecer como aconteceu o suposto erro, cujos resultados serão enviados à Comissão Europeia.
Por último, a Microsoft ofereceu à Comissão Europeia estender em 15 meses o período pelo qual se comprometeram a proporcionar as possibilidades de escolha de navegador, que em princípio devem durar cinco anos.
"Acreditamos que a Comissão revisará este assunto e determinará se é apropriado darmos este passo. Entendemos que a Comissão pode decidir impor outras sanções", declarou a empresa, que destacou que o software para a escolha de navegador foi distribuído corretamente em 90% dos computadores desde que o pacto com a CE foi assinado.