Tecnologia

Microsoft deixa de produzir Kinect, acessório do Xbox

Microsoft anuncia que produto não será mais produzido. Unidades restantes serão vendidas, caso haja interesse dos consumidores

Kinect: lançado em 2010, produto deixa de ser produzido pela Microsoft (Jeremy Bales/Bloomberg)

Kinect: lançado em 2010, produto deixa de ser produzido pela Microsoft (Jeremy Bales/Bloomberg)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 25 de outubro de 2017 às 11h32.

São Paulo -- A Microsoft anunciou que está deixando de produzir o Kinect, acessório para consoles Xbox que capta movimentos. O anúncio foi feito por meio de entrevistas com a divisão de design da Fast Company.

O produto foi lançado em 2010 e vendeu cerca de 35 milhões de unidades ao redor do mundo. Um dos responsáveis pela revelação foi Alex Kipman, brasileiro que foi um dos criadores do produto.

Após um sucesso inicial em sua primeira versão, o Kinect perdeu fôlego ao longo do tempo. Sua segunda geração, que vinha obrigatoriamente junto ao Xbox One, trouxe avanços tecnológicos, com sensores mais modernos e câmera de alta resolução.

O acessório, no entanto, deixava o videogame mais caro do que seu concorrente, o PlayStation 4, da Sony. A Microsoft acabou escolhendo por vender o acessório separado, cobrando um valor extra de quem escolhia o pacote do console acompanhado do Kinect. Nem é preciso dizer como a escolha mais comum era pelo console sem o acessório--opção mais em conta.

Com isso, o acessório perdeu relevância. Desenvolvedores de games, por exemplo, tinham de pensar em seus jogos e aplicativos sem a obrigatoriedade da presença do Kinect. Se algum uso muito promissor pudesse ter surgido, foi logo enterrado.

Se o produto parece um fracasso, a história não é tão simples. Parte da tecnologia desenvolvida para o Kinect tem sido usada em outro produto promissor da Microsoft: o HoloLens, óculos de realidade aumentada. A base da tecnologia também serve como inspiração para a Apple, que substituirá os sensores de digitais por reconhecimento facial.

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