A Microsoft anunciou, nesta quarta-feira (9/2), a aquisição da empresa Sybari Software, especializada no desenvolvimento de programas antivírus. A intenção original dos ex-controladores da Sybari era realizar uma oferta pública inicial de ações que poderia alcançar cerca de 62 milhões de dólares, mas a idéia foi descartada. A empresa foi vendida à companhia de Bill Gates por um valor não divulgado, de acordo com o jornal britânico Financial Times.

Essa é a terceira empresa de antivírus adquirida pela Microsoft em dois anos. O principal objetivo do grupo é fortalecer a segurança da plataforma Windows, deixando-a menos vulnerável a ataques de programas hostis. Com isso, a Microsoft deseja reduzir o risco de ver os consumidores trocarem seus produtos pelos da concorrência, sob o argumento de que são mais seguros (se você é assinante, leia também reportagem de EXAME sobre a segurança na troca de dados).

A primeira incursão da Microsoft pelo mercado de antivírus foi feita em 2003, com a compra de uma empresa romena. O negócio não foi bem-sucedido, pois a nova controlada mostrou-se incapaz de oferecer uma proteção confiável aos softwares de Gates. No ano passado, a Microsoft adquiriu uma segunda empresa do setor e lançou uma versão de teste de um programa anti-spyware (vírus espião, cuja tarefa é roubar dados como números e senhas de cartões de crédito digitados no computador infectado).

Já os softwares da Sybari são usados para proteger servidores corporativos de vírus propagados por correio eletrônico e spams, entre outros. De acordo com o analista de softwares do banco Goldman Sachs, Rick Sherlund, a compra da Sybari indica que a Microsoft está preparando um grande pacote de programas de segurança para computadores pessoais e servidores. Na próxima terça-feira (15/2), o mercado espera que Gates detalhe seus planos para a área de softwares de segurança, durante o encontro anual da empresa em São Francisco, nos Estados Unidos.