Rio de Janeiro - Metade dos softwares instalados em computadores pessoais no Brasil em 2013 não era licenciada, segundo estudo divulgado nesta terça-feira pela associação BSA, que reúne empresas de software do mundo todo.
De acordo com o estudo, a porcentagem de uso de softwares não licenciados era de 53 por cento no Brasil em 2011, último ano em que o levantamento foi feito. Segundo a associação, a redução no ano passado foi inédita, chegando a 50 por cento.
"O país, além de ter a taxa mais baixa em relação às nações do BRIC e países da América Latina, foi o que apresentou mais regularidade na queda desse índice", disse a associação em comunicado. Em 2007, quando o estudo foi iniciado, o índice de uso de softwares pirata no Brasil era de 59 por cento.
Frank Caramuru, diretor da BSA no Brasil, disse em comunicado que a queda no Brasil ocorreu devido a ações de conscientização feitas no país, promovidas por entidades que reúnem empresas do setor.
No mundo, 43 por cento dos softwares instalados em computadores pessoais em 2013 não eram licenciados, um aumento frente aos 42 por cento do estudo global anterior da BSA, de 2011. Os mercados emergentes respondem por 56 por cento de todos os PCs em uso no mundo todo, sendo que esses países têm uma penetração maior de softwares não licenciados, o que pode ter levado ao aumento do índice no mundo.
"As economias emergentes nas quais o uso de software não licenciado era preponderante continuaram sendo responsáveis pela maioria crescente de todos os PCs em serviço", disse a associação.
A região com maior uso de software não licenciado é a Ásia-Pacífico, com 62 por cento (alta de 2 pontos percentuais em relação a 2011), seguida de Europa Central e Oriental, com 61 por cento (queda de 1 p.p. na comparação com dois anos atrás).
Já a América Latina ficou com 59 por cento (queda frente aos 61 por cento de 2011), assim como Oriente Médio e África (aumento de 1 ponto). A Europa Ocidental tem 29 por cento de uso de softwares piratas (queda de 3 pontos), enquanto na América do Norte esse índice é de 19 por cento (estável frente a 2011).
O levantamento, realizado a pedido da BSA pelo IDC, mostrou que 35 por cento das empresas do mundo possuem políticas que exigem o uso de software devidamente licenciado. No Brasil, esse índice é um pouco maior, de 38 por cento.
A pesquisa apontou que os usuários que não utilizam softwares piratas o fazem para evitar supostas ameaças de segurança provenientes de malware. Há também preocupações com invasões por hackers e perda de dados.
A Pesquisa Global da BSA sobre Software é realizada a cada dois anos para a BSA pela IDC, que este ano entrevistou usuários de computadores em 34 mercados, incluindo cerca de 22 mil consumidores e usuários comerciais de PC e mais de 2 mil gerentes de Tecnologia da Informação.
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1. Brasil perde cerca de R$ 30 bi por ano com piratas
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1/21 (Ricardo Correa/EXAME)
Brasília - Um Relatório da Receita Federal e do Conselho Nacional de Combate à Pirataria (composto pela união entre setor público e privado e coordenado pelo Ministério da Justiça) aponta que entre janeiro e setembro deste ano, foram apreendidas mercadorias pirateadas e contrabandeadas que valem R$ 1 bilhão. Dados do Conselho mostram que o Brasil perde cerca de R$ 30 bilhões por ano com produtos falsificados e contrabandeados. Veja os produtos piratas e de contrabando mais apreendidos pela Receita nos nove primeiros meses do ano, de acordo com documento obtido por EXAME.com. A lista com os principais itens correspondem, em valor, a mais da metade de todas as apreensões feitas pelo órgão.
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2. Eletroeletrônicos lideram a lista
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2/21 (Arquivo)
Brasília - Os eletroeletrônicos aparecem no primeiro lugar da lista da Receita Federal de produtos apreendidos entre janeiro e setembro deste ano. Em nove meses, o valor das mercadorias apreendidas passou dos R$ 97,7 milhões e representou 9,67% do total de apreensões.
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3. Valor dos veículos contrabandeados corresponde a 7,47% do total
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3/21 (Oscar Cabral/VEJA)
Brasília - Somando R$ 75,540 milhões, o valor dos veículos contrabandeados apreendidos fica na segunda colocação na lista da Receita Federal. O total corresponde a 7,47% do valor total de apreensões.
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4. Cigarros falsificados somam mais de R$ 68 mi
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4/21 (Bruno Vincent/Getty Images)
Brasília - Do mais de R$ 1 bilhão em mercadorias falsificadas apreendidas entre janeiro e setembro deste ano pela Receita Federal, 6,74% correspondem a cigarros e similares. A quantidade do produto apreendida pelo órgão passa dos R$ 68 milhões.
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5. Óculos de sol ficam no 4º lugar em valor das apreensões
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5/21 (David Silverman)
Brasília - Não é difícil encontrar cópias dos óculos vendidos nas óticas em feiras ou até mesmo nas ruas pelos vendedores ambulantes. Talvez por isso, os óculos de sol ocupam a quarta posição em valor de itens pirateados apreendidos entre janeiro e setembro deste ano pela Receita Federal. Os acessórios apreendidos somaram mais R$ 57,8 milhões, correspondendo a 5,72% do total das apreensões acumuladas no ano.
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6. Apreensões de peças de roupas equivalem a mais de R$ 53 mi
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6/21 (Arquivo/Getty Images)
Brasília - Peças de roupas que copiam a etiqueta de marcas famosas – e caras – são fáceis de encontrar em camelôs e feiras de ambulantes. Segundo levantamento da Receita Federal, vestuário é o 5º item de maior valor nas apreensões feitas entre janeiro e setembro deste ano. Foram R$ 53,6 milhões, correspondendo a 5,30% do acumulado total – cerca de R$ 1 bilhão.
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7. Máquinas de jogos de azar: proibidas e falsificadas
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7/21 (Arquivo/Wikimedia Commons)
Brasília - Proibidas desde 2004 em todo o país por uma Medida Provisória, as máquinas de jogos de azar – caça-níqueis – estão em 6º lugar entre as apreensões de maior valor feitas pela Receita Federal entre janeiro e setembro de 2010. A mercadoria apreendida somou mais de R$ 46,6 milhões, que corresponde a 4,62% do valor de todos os produtos apreendidos pela receita no acumulado nos nove meses.
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8. Relógios falsos correspondem a 3,83% das apreensões
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8/21 (Wathiq Khuzaie/Getty Images)
Brasília - Em 7º lugar na lista da Receita Federal entre os produtos piratas apreendidos de maior valor entre janeiro e setembro deste ano, estão os relógios. O acessório facilmente encontrado em bancas ambulantes no meio da rua, ou em grandes feiras corresponde a 3,83% do valor das apreensões feitas neste ano. Foram mais R$ 38,7 milhões em mercadorias que copiavam marcas famosas.
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9. Produtos de informática somaram mais de R$ 30 mi
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9/21 (Arquivo/Getty Images)
Brasília - Do pouco mais de R$ 1 bilhão em mercadorias falsificadas apreendidas entre janeiro e setembro deste ano, 3,01% eram produtos de informática piratas. Segundo os dados da Receita Federal, o correspondente a mais de R$ 30 milhões em mercadorias deste tipo foi apreendido nos primeiros nove meses do ano, ocupando o 8º lugar entre os valores mais alto de material recolhido.
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10. Tecidos correspondem a 2,17% do valor de mercadorias recolhidas pela Receita
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10/21 (Arquivo/Wikimedia Commons)
Brasília - Entre janeiro e setembro deste ano, foram recolhidos R$ 21,96 milhões de reais em tecidos falsificados. O item ocupa a 9ª colocação no ranking dos valores mais altos de mercadorias falsificadas apreendidas pela Receita Federal no período de nove meses. O valor corresponde a R$ 2,17% de todo o material recolhido pelo órgão.
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11. Bolsas e acessórios são 1,44% do valor total apreendido
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11/21 (Arquivo)
Brasília - Não é difícil encontrar em feiras de ambulantes cópias de bolsas de marcas famosas e desejadas – e caras. Elas correspondem a cerca de R$ 14,5 milhões do total de R$ 1 bilhão em mercadorias apreendidas pela Receita Federal entre janeiro e setembro deste ano vieram de bolsas e acessórios pirateados. O valor corresponde a 1,44% do total apreendido nos nove meses.
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12. Brinquedos falsificados somam mais de R$ 13 mi
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12/21 (Fernando Moraes)
Brasília - Na lista da Receita Federal com os valores mais altos entre os itens falsificados apreendidos de janeiro a setembro deste ano, os brinquedos aparecem na lista em 11º lugar. O valor dos produtos somam R$ 13,9 milhões, o que corresponde a 1,38% do total apreendido. O perigo fica por conta da falta de aprovação do INMETRO para produtos que serão utilizados por crianças.
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13. Perfumes correspondem a 1,42% do valor total
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13/21 (Arquivo/Getty Images)
Brasília - Nem mesmo o cheiro está salvo das cópias. Na lista de produtos falsificados apreendidos entre janeiro e setembro deste ano, os perfumes estão na 12ª colocação. Correspondendo a 1,42% do valor total apreendido pela Receita Federal, os perfumes falsos recolhidos pelo órgão somaram mais de R$ 14,3 milhões.
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14. CDs e DVDs somam 1,23% do valor total
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14/21 (Arquivo/Wikimedia Commons)
Brasília - Mídias para gravação de CD e DVD ocupam a 13ª posição no ranking da Receita Federal entre os valores mais expressivos de produtos apreendidos entre janeiro e setembro de 2010. Nos nove meses, foram apreendidos o correspondente a R$ 2,7 milhões em mídias gravadas e R$ 9,7 milhões em não gravadas.
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15. Bebidas também estão no ranking
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15/21 (Arquivo)
Brasília - Na 15ª posição da lista entre os maiores valores de apreensões feitas pela Receita Federal entre janeiro e setembro deste ano estão as bebidas. Foram mais de R$ 5,5 milhões de bebidas alcoólicas recolhidas e mais 416 mil de outras bebidas. No total, os itens somam 0,59% do valor total acumulado.
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16. Calçados são 0,46% do valor total de apreendidos
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16/21 (Tim Boyle/Getty Images)
Brasília - Os calçados correspondem a 046% do valor total dos itens apreendidos entre janeiro e setembro deste ano – que somam cerca de R$ 1 bilhão. Nos nove meses, os calçados esportivos falsificados apreendidos somaram R$ 2,4 milhões, outros tipos de sapato pirateados recolhidos pela Receita Federal corresponderam a R$ 1,7.
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17. Medicamentos falsificados somam R$ 4,4 mi
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17/21 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Brasília - Medicamentos também estão na mira dos falsificadores. Entre janeiro e setembro deste ano, foram apreendidos R$ 4,4 milhões em medicamentos piratas. O valor corresponde a 0,44% do total acumulado de produtos apreendidos pela Receita Federal nos nove meses.
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18. Inseticidas estão em 17º lugar
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18/21 (Abid Katib/Gatty Images)
Brasília - Inseticidas, fungicidas, herbicidas e desinfetantes também estão na lista dos itens piratas de maior valor recolhidos pela Receita Federal entre janeiro e setembro. Com a 18ª colocação, os produtos correspondem a 0,43% do total de R$ 1 bilhão apreendido nos nove meses. Os produtos de limpeza e agrotóxicos somaram R$ 4,3 milhões, segundo documento da Receita.
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19. Canetas e lápis também são pirateados
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19/21 (Bruno Vicente/Getty Images)
Brasília - Mesmo podendo serem encontrados a preços mais acessíveis, canetas esferográfica e lápis estão na mira dos falsificadores. Segundo os dados da Receita Federal, os materiais apreendidos entre janeiro e setembro deste ano somaram R$ 2,4 milhões, correspondendo a 0,24% do R$ 1 bilhão, total acumulado de apreensões em nove meses.
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20. Isqueiros correspondem a 0,08% do total falsificado
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20/21 (Arquivo/Getty Images)
Brasília - O isqueiro, item que também pode ser encontrado a preços acessíveis em vários tipos de loja também sofre com as falsificações. De acordo com levantamento da Receita Federal, o valor dos isqueiros apreendidos correspondeu a 0,08% do R$ 1 bilhão total. Foram cerca de 838 milhões em isqueiros piratas recolhidos pelo órgão.
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21. Armas e munições
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21/21 (Justin Sullivan/Getty Images)
Brasília - Segundo o relatório da Receita Federal, armas e munições também estão na lista dos produtos piratas mais apreendidos pelo órgão. Entre janeiro e setembro deste ano, 0,02% do total de cerca de R$ 1 bilhão em produtos piratas apreendidos correspondia a armas e munições. O levantamento apontou que as armas somavam cerca de R$ 177 mil.