A previsão é um aporte de US$ 12 bilhões. "Não existiriá fábrica equivalente no Ocidente. A estrutura é três vezes maior que uma montadora automotiva", disse o ministro (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2011 às 19h00.
São Paulo - O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou que além da montagem nacional de tablets, o país poderá ter a primeira fábrica do ocidente de telas touchscreen para tables, fabricada pela Foxconn. "Será a primeira planta do ocidente", declarou durante o Meeting Internacional, promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, na Itália.
26 empresas se inscreveram para produzir tablets no Brasil, sendo que destas, Semp Toshiba, Positivo e Motorola, já produzem. Mercadante adiantou que seis estados, em três regiões do país, estão disputando investimento, sem dizer quais. "Conceito de cidade inteligente é o caminho do país para um novo patamar tecnológico", define o ministro que também afirma que o Brasil não tem presença em produção de componentes e será "uma mudança quântica", comparada a vinda da indústria automotiva com ex-presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek.
Para conquistar a produção nacional, o governo desonerou os impostos em 36% para obter uma taxa de nacionalização de 20% na produção dos tablets, que chegará a 80% de componentes nacionais em 3 anos. Hoje, por meio da Foxconn, a Apple, em Jundiaí, já tem uma linha de produção de iPods nacionais. Até o final do ano a unidade de Jundiaí também fabricará iPads na primeira unidade fabril do produto fora da China.
Uma comitiva da alta cúpula da Foxconn estará com o ministro na próxima semana para debater a implantação de uma fábrica de tela touchscreen para tablets, que hoje é produzida apenas na China, Coreia, Japão e Taiwan. Os 18 diretores virão negociar a vinda da vinda da Foxconn. Segundo o ministro, a logística para esta implementação é complexa, pois são necessários 4 gigawatts - energia correspondente a uma cidade de Jundiai -, um aeroporto internacional, qualidade do ar determinada, mais de 1,5 km área e consumiria mais concreto e aço que o estádio Ninho de Pássaro da China.
A previsão é um aporte de nada menos de US$ 12 bilhões. "Não existiriá fábrica equivalente no Ocidente", detalhou Mercadante. "A estrutura é três vezes maior que uma montadora automotiva."