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Mensagens Sem Limite

Preocupado com a privacidade nessa nova fase do WhatsApp? Interessado em tornar o papo pelo celular mais divertido? Listamos as boas opções de apps para baixar e conversar com os amigos

Mensagens sem limite (Denis Rodrigues)

Mensagens sem limite (Denis Rodrigues)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2014 às 16h13.

Cifras à parte, a única coisa que os 465 milhões de usuários do WhatsApp querem saber sobre a recente compra do aplicativo pelo Facebook é se as quase 50 bilhões de mensagens trocadas diariamente vão continuar seguras. Uma organização americana de proteção à privacidade chegou até a enviar um documento à Federal Trade Commission (Comissão Federal do Comércio) solicitando uma investigação sobre a aquisição, para saber qual o impacto que o negócio terá na privacidade dos usuários.

O fundador do WhatsApp, Jan Koum, apressou-se em dizer que o sigilo das conversas continuará ­inalterado. “O respeito à sua privacidade está no nosso DNA”, afirmou Koum em um post no blog da empresa.

A polêmica esquentou ainda mais o mercado de aplicativos de mensagens instantâneas, um fenômeno recente que já faz as operadoras de telefonia deixar de faturar 33 bilhões de dólares por ano com serviços de SMS em todo o mundo. Até 2016, o valor da perda deverá somar 54 bilhões de dólares, segundo a consultoria inglesa Ovum.

Os aplicativos de comunicação instantânea crescem de modo vertiginoso. Conquistam os usuários com cada vez mais recursos, como chamadas por voz, fotos que se autodestroem e GIFs animados. Existem opções para todos os gostos e necessidades. Listamos, nas próximas páginas, os apps que ­realmente valem a pena. Veja por que e escolha sua alternativa ao WhatsApp.
 

Sabe aquele seu amigo engraçadinho que adora enviar memes? É melhor que ele fique longe do Relay, aplicativo criado em 2012 em Toronto, no Canadá. A ideia do serviço é rechear a conversa com GIFs disponíveis no acervo do sistema ou que podem ser feitos com a câmera do smartphone do usuário. “Procuramos desenvolver um aplicativo que faça rir e que aproxime as pessoas de seus amigos”, disse a INFO Jon McGee, cofundador do Relay. Sem revelar o número de usuários do Relay, McGee afirma que o Brasil já é um dos maiores mercados para o app e, por isso, foi o primeiro país a receber tradução. Vale experimentar e convidar os amigos.

Antes de o Facebook desembolsar 19 bilhões de dólares pelo WhatsApp, a empresa de Mark Zuckerberg ofereceu 3 bilhões de dólares para levar o Snapchat, aplicativo criado em 2011 na Califórnia que conta com cerca de 60 milhões de usuários. Mas Evan Spiegel e Bobby Murphy, os criadores do app, recusaram a oferta em novembro do ano passado. A dupla não queria colocar em risco uma característica particular do serviço, que envia imagens capazes de se autodestruir em até 10 segundos. Boa opção para quem não abre mão da privacidade.

Lançado em junho de 2012, o Wickr pode ser considerado uma versão mais robusta do Snapchat. Permite enviar fotos, arquivos, mensagens de áudio e de texto que se apagam após um período determinado pelo usuá­rio. Além disso, o aplicativo utiliza criptografia para as conversas, evitando vazamento de informações. Com mais de 1 milhão de mensagens trocadas por dia no mundo, o Wickr recebeu investimento de 9 milhões de dólares em março deste ano. Ótimo para quem não quer ver nenhum segredo revelado, mas quer gerenciar o que deve ou não ser apagado.

Dias após a compra do WhatsApp pelo Facebook, mais de 5 milhões de pessoas decidiram instalar em seu smartphone o aplicativo Telegram Messenger. Desenvolvido em código aberto, o app aposta na troca de mensagens criptografadas. Lançado em setembro do ano passado, em Berlim, o Telegram Messenger foi criado pelos irmãos russos Pavel e Nikolai Durov, responsáveis pelo desenvolvimento da rede social VKontakte, popular no Leste Europeu, com cerca de 240 milhões de usuários.

Com mais de 300 milhões de usuários no mundo, o aplicativo israelense Viber é o grande concorrente do WhatsApp no Brasil. Para ganhar mercado no país, o serviço aposta na presença em diferentes plataformas, inclusive no desktop. Outro diferencial são as ligações gratuitas que podem ser feitas entre os usuários, além do recurso Viber Out, que faz chamadas para celular e telefone fixo, com tarifação­. Em ­fevereiro, o app foi comprado pela japonesa Rakuten por 900 milhões de dólares. “O WhatsApp é gratuito no primeiro ano e depois há cobrança. E o usuário brasileiro não tem o costume de pagar quando existe uma opção melhor gratuita”, afirma Luiz Felipe Barros, diretor da empresa no Brasil. O Viber conta com 13 milhões de usuários no país.

Com recursos similares aos do Whats­App, o WeChat domina o mercado chinês e conta com mais de 270 milhões de usuários ativos. Segundo a Tencent, empresa que criou o app, foram mais de 10 milhões de mensagens trocadas a cada minuto durante o Ano-Novo de 2014. Apesar de gratuito, o app estimula a compra de games que rodam dentro da plataforma, além de figurinhas que são trocadas entre os usuários. Até o fim do ano, o serviço espera alcançar uma receita de 1,1 bilhão de dólares.

Lançado no Japão em 2011, o serviço de mensagens Line é outro grande concorrente do WhatsApp no mercado asiático. Com mais de 360 milhões de downloads registrados, o aplicativo permite a realização de conversas por voz e videochamadas entre os usuários, além da troca de figurinhas interativas que podem ser compradas em uma loja dentro do app. Estimativa do banco BNP Paribas mostra que o Line tem valor de mercado de 14,9 bilhões de dólares, cifra que poderá ser paga pela empresa japonesa de telecomunicação SoftBank, interessada em adquirir o aplicativo.

O que há em comum entre os manifestantes que ocuparam as ruas na Ucrânia, na Venezuela, na Turquia e no Egito? O serviço para a troca de mensagens Zello. Como um walkie-talkie, o app permite criar conversas particulares ou em grupo, uma mão na roda para organizar protestos. Com 55 milhões de usuários, o Brasil é o quarto mercado mundial do serviço. “O Zello é bastante popular entre as empresas que buscam um serviço de walkie-talkie. E nosso modelo de negócios baseia-se em assinaturas para os interessados em fazer negócios”, disse a INFO Bill Moore, presidente da startup Zello, criada em 2011 no estado americano do Texas

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